Medo: Testemunhas sigilosas orientam polícia por telefone em reconstituição de tiroteio na Vila Torres

por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 22 out 2021, às 14h01.

Duas testemunhas sigilosas deram informações para a Polícia Civil do Paraná para a reconstituição do tiroteio que vitimou duas pessoas na Vila Torres. Nesta sexta-feira (22), a equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) compareceu na cena do crime e buscou entender como tudo aconteceu na tarde desta terça-feira (19).

A polícia propôs que as testemunhas acompanhassem a equipe até a comunidade usando balaclavas para esconder o rosto, mas com medo de represálias, elas preferiram fazer a reconstituição por telefone, em segurança. Por isso, somente os policiais foram até a região e as testemunhas não estiveram no local.

O objetivo da reconstituição foi entender a dinâmica do tiroteio e traçar uma linha de investigação, conforme o delegado responsável pelo caso, Tito Barichello.

“Nós temos duas testemunhas sigilos, que estão em um local nos passando informações, a ideia dessa reconstituição com apoio da Dra. Tatiana, delegada da 1ª delegacia de homicídios, é compreender o contexto fatídico, compreender o que efetivamente aconteceu, porque muitos boatos ocorreram aqui no primeiro momento, sobre motociclistas, sobre a dinâmica do crime, que não condiz com a realidade. Então nós estamos entendendo a dinâmica do crime.” 

O crime

Uma das vítimas do tiroteio foi Rhuan Victor Costa Pereira, de 23 anos, que foi preso pela polícia com várias armas de fogo e solto na segunda-feira (18). A suspeita é de que ele era o alvo dos suspeitos, já que tinha envolvimento com o tráfico de drogas e foi a vítima mais atingida pelos disparos. Além dele, um adolescente também foi baleado e não resistiu aos ferimentos.

Ficaram feridos Maycon Luciano Betti Barreto, de 45 anos, que foi atendido pelo Siate com um tiro na mão; Tatiane Matoso da Silva, de 26 anos, socorrida em estado gravíssimo pelo Siate; e um homem que conseguiu correr e pediu ajuda em um estabelecimento da Avenida das Torres.

Horas depois do crime, um carro, que possivelmente era de uma das vítimas, foi incendiado na região para dificultar o trabalho da polícia em busca de vestígios e aterrorizar os moradores.

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