Curitibano anuncia expedição à Ilha da Trindade em busca de tesouro pirata

Publicado em 5 dez 2022, às 20h18. Atualizado às 20h26.

Você sabia que o último pirata vivo no mundo morou e morreu em Curitiba? Seu nome de “guerra” era Zulmiro, como ele se identificava no século XIX, quando exerceu grandes roubos a catedrais e navios do mundo todo. E toda a fortuna do pirata, cheia de ouro, jóias e pedras preciosas, deve estar na Ilha da Trindade, no litoral do Espírito Santo, para onde o pesquisador curitibano Marcos Juliano Ofenbock deverá seguir em 2025.

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Marco fará o anúncio da expedição num evento na Biblioteca Pública do Paraná, nesta quarta-feira (7), às 17h30. Primeiro ele dará uma palestra falando do seu livro, “O Tesouro Pirata da Ilha da Trindade”, onde estão notícias, documentos, desenhos, fotografias e mapas sobre a vida de Zulmiro, incluindo o mapa que o pirata deixou com a localização do tesouro.

O livro é resultado de 18 anos de pesquisas, quando Marcos conseguiu documentos que comprovam a existência do pirata e a morada dele em Curitiba, onde ele veio se esconder, formou família e morreu em 1889. Morou onde hoje é Universidade Livre do Meio Ambiente, no Pilarzinho.

Seu nome verdadeiro era John Francis Hodder, um militar da marinha britânica que desertou após matar um oficial. Sem muita opção, acabou virando pirata e foi por décadas caçado pela marinha britânica. Sua vida, inclusive, inspirou livros e filmes clássicos, como “O Conde do Monte Cristo”, de 1844, de Alexandre Dumas, e “A Ilha do Tesouro”, de 1883 de Robert Louis Stevenson.

O pirata Zulmiro também inspirou o personagem Capitão Gancho, da história de Peter Pan, de 1904 de J.M. Barrie. O capitão Gancho estudou no Eton Colege, da Inglaterra, mesma escola onde o pirata Zulmiro (John Francis Hodder) estudou.

Expedição para a Ilha da Trindade

O objetivo da expedição é realizar escavações arqueológicas em busca do tesouro de Zulmiro. O mapa do tesouro, que já passou pelas mãos de muitas pessoas em séculos passados, resultou em diversas escavações sem sucesso, já que não existia tecnologia suficiente para isso.

Atualmente, com a ajuda de drones, detectores de metais, radares, scanner e outras tecnologias modernas, Marcos acredita que os trabalhos de busca terão sucesso.

As escavações serão realizadas pelo Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR), junto à Marinha do Brasil e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Todo o projeto da expedição em busca do tesouro pirata da Ilha da Trindade, a escavação arqueológica e a melhoria das instalações militares da ilha, serão financiados com dinheiro privado de patrocinadores e parceiros da expedição.

Palestra e anúncio da expedição

  • Lançamento do livro: O Tesouro Pirata da Ilha da Trindade
  • Data: quarta-feira, 7 de dezembro
  • Horário: 17h30
  • Palestra e sessão de autógrafos com o autor Marcos Juliano Ofenbock
  • Auditório da Biblioteca Pública do Paraná – Rua Cândido Lopes, 133 – Centro – Curitiba
  • A palestra é pública e gratuita. Quem desejar, pode adquirir o livro, que tem 532 páginas e custa R$ 80

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