Sindicato garante greve dos professores nesta segunda (3): “Não recuaremos”

Tribunal de Justiça do Paraná determinou a suspensão e multa caso a greve seja mantida; presidente da APP-Sindicato garante que greve é legal: “amanhã a aula é na rua”

Publicado em 2 jun 2024, às 17h09. Atualizado em: 3 jun 2024 às 16h15.
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A presidente da APP-Sindicato garantiu na tarde deste domingo (2) que a greve de professores programada para esta segunda-feira (3) em Curitiba está mantida. O Tribunal de Justiça determinou neste final de semana a suspensão do movimento e estabeleceu multa diária de R$ 10 mil caso a greve aconteça.

Movimento em apoio a greve dos professores foi realizado neste sábado (1º) em Ponta Grossa
Movimento em apoio a greve dos professores foi realizado neste sábado (1º) em Ponta Grossa (Foto: Divulgação/ APP-Sindicato)

“Mais um ataque do governador Ratinho Junior. Quero reafirmar, a nossa greve é legal, cumpriu todos os ritos e inicia na segunda-feira (3). Apesar de todas as tentativas do governo de enfraquecer a nossa luta, nós, professores e professoras, funcionários  e funcionárias de todo o estado, não recuaremos”, declarou Walkiria Mazeto, presidente da APP-Sindicato.

De acordo com a líder do movimento, a tentativa da Justiça do Paraná não impedirá a greve dos professores, que deve ter início às 8h, desta segunda (3), na Praça Santos Andrade. “A aula amanhã é na rua”, disse a presidente em vídeo.

APP-Sindicato garante reposição para alunos

No vídeo divulgado neste domingo (2), que garante a greve dos professores, Walkiria ainda reforça que os alunos não serão prejudicados com o movimento. A líder mandou um recado para os pais dos estudantes e declarou que os dias parados serão repostos no calendário.

“Nós sempre fomos responsáveis com nosso trabalho junto aos estudantes. Em todas as vezes que paramos, nós fizemos a reposição do nosso trabalho. Vamos garantir sim que nosso estudante tenha o conteúdo que não foi ministrado nestes dias, tenha o atendimento que não foi dado nestes dias, e ele não terá nenhum prejuízo pedagógico. Prejuízo pedagógico ele vai ter se as nossas escolas forem vendidas”, concluiu Walkiria.

Greve dos professores

Entre as justificativas para a paralização está a terceirização de 200 colégios públicos pelo governo do estado a partir de 2025 e o fim da terceirização do cargo de funcionários dos colégios. Além disso, a categoria reivindica o pagamento da data-base, cuja dívida seria de mais de 39% com os educadores e servidores.

O programa Parceiro da Escola, que visa terceirizar a gestão administrativa de escolas públicas no Paraná, teve aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (29). Apesar disso, uma nova sessão extraordinária deve acontecer na próxima segunda-feira (3). A Comissão de Educação também deve se reunir no mesmo dia. Após as devidas aprovações, a proposta deve seguir para o Plenário.

Segundo pesquisa realizada com pais e responsáveis de alunos matriculados nas duas escolas participantes do projeto piloto mostra que mais de 90% deles aprovam o programa. Os benefícios vão do aumento da frequência escolar à inexistência de aulas vagas.

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