Capitão do Corpo de Bombeiros preso por desvio de doações é denunciado pelo MPPR

O capitão do Corpo de Bombeiros foi preso em flagrante em uma distribuidora de bebidas em Curitiba, no final de maio

Publicado em 23 jul 2024, às 13h55.

O capitão do Corpo de Bombeiros que foi preso em flagrante no final de maio deste ano, em Curitiba, suspeito de desviar doações feitas à Defesa Civil, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). A denúncia criminal por peculato foi feita à Justiça pelo Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que divulgou a informação nesta terça-feira (23).

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Suspeito foi flagrado descarregando itens em distribuidora de bebidas (Foto: MPPR)

De acordo com o MPPR, o capitão dos bombeiros está afastado liminarmente das funções. Se for condenado, ele poderá perder o cargo na corporação definitivamente. A ação penal já foi recebida e tramita na Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual.

Segundo o MPPR, o militar foi preso suspeito de desviar donativos feitos à Defesa Civil. Entre eles, estavam itens que iriam ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

A denúncia do MPPR aponta que o capitão do Corpo de Bombeiros foi detido em uma distribuidora de bebidas no bairro Uberaba, em Curitiba. No local, fardos de energético subtraídos de um galpão cedido à Defesa Civil em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, estavam sendo descarregados.

“O MPPR relata na ação penal que o militar apropriou-se de diversos itens, além das bebidas, como roupas, computadores e ferramentas, entre outros, incorrendo no crime previsto no artigo 303, §1º, do Código Penal Militar (peculato), que é passível de pena de reclusão por até 15 anos”, informou o órgão por meio de assessoria de imprensa.

Tio de capitão do Corpo de Bombeiros é denunciado por receptação

Além do capitão, um tio dele também foi denunciado pelo MPPR, pelos crimes de receptação e posse irregular de arma de fogo (artigo 180, § 1°, c/c artigo 14, do Código Penal e artigo 16, inciso IV, da Lei 10.826/06). O processo ainda não foi recebido pelo Judiciário.

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