Recicladores da Vila Torres recebem 2 ton diárias a mais de lixo para engrossar a renda

Publicado em 16 dez 2022, às 21h54.

A melhora na vida de pessoas que vivem em comunidades mais vulneráveis pode vir de empresas que atuam nas proximidades e que investem em projetos de impacto social positivo. São iniciativas que buscam garantir oportunidades no mercado de trabalho e um futuro melhor para as famílias vizinhas.

Leia também:

É o caso da Vila Torres, comunidade localizada no bairro Rebouças, em Curitiba, e que tem se beneficiado de parcerias firmadas com o Grupo Marista, por meio da PUCPR, que fica ao lado da vila.

Uma das iniciativas em andamento é ligada à sustentabilidade e teve início em maio. Criado de forma experimental como piloto, o projeto vem trazendo vantagens tanto para as famílias envolvidas quanto para a instituição e, com isso, teve contrato assinado com uma das cooperativas do local, a Recicapanema, em setembro.

Até outubro, foram 35 toneladas de resíduos entregues para a cooperativa, que recebe todo o material reciclado da PUCPR, Hospital Nossa Senhora da Luz, Clínica Veterinária Escola e Colégio Marista Paranaense.

“Com o que já entregamos de material, ajudamos a fomentar a receita das pessoas que trabalham no barracão e das famílias que dependem dessa renda. Desta forma, estamos indo além do descarte correto do lixo reciclável, pois a ação ambiental é também uma ação social”, conta a analista de Sustentabilidade Sênior do Grupo Marista, Elãine Cristina de Souza Kurscheidt.

Ao todo, são 15 famílias que ampliam suas possibilidades de renda graças ao material que o projeto destina a elas. “Cada família aqui tem de dois a três filhos. As pessoas não fazem ideia do quanto essa fonte de renda ajuda diversas famílias da Vila Torres e de outras comunidades. Quanto mais resíduos a gente coleta, mais renda é gerada, e ter empresas aqui ao nosso lado e que pensam na gente, é muito gratificante. É bom para quem doa e também para quem recebe”, enfatiza a presidente da Recicapanema, Claudete Napoleão de Almeida.

As coletas são realizadas três vezes por semana. São cerca de duas toneladas arrecadadas por dia. Segundo Elãine, a ideia é ampliar a ação para outras duas cooperativas da comunidade e também para outras frentes do Grupo, como os hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru. “Queremos envolver o maior número de áreas do Grupo nesse projeto, pois está dando muito certo e sabemos que esse é um caminho para continuar seguindo”, comemora.

Mostrar próximo post
Carregando