As cicatrizes de uma guerra nem mesmo o tempo é capaz de esconder
Ser forçado a abandonar sua terra natal, se separar de sua família, amigos e deixar uma vida inteira para trás. Essa é a história de Iván Bojko, que ainda jovem, em 1942, foi obrigado a deixar a Ucrânia para trabalhar na Alemanha nazista. De lá, seis anos depois, veio para o Brasil sem conseguir retornar ao seu País.
O documentário Iván (2015), de Guto Pasko, o presenteia com uma viagem de volta, décadas mais tarde, carregada de emoção e muita esperança do reencontro. Um filme muito sensível e emocionante e que em breve será transmitido pelo GRUPO RIC em nossos canais de comunicação.
E, ao que tudo indica, esta é a história que se repetirá para milhões de outros ucranianos que neste momento fogem da triste realidade de seu país. Mulheres e crianças se separam de esposos, pais e irmãos para buscar refúgio em meio a um conflito devastador.
O Paraná é o estado com a maior comunidade de imigrantes e descendentes de ucranianos do Brasil. Não é à toa que o Estado tem vivido forte tensão com o conflito que avança pela Ucrânia, em um movimento avassalador por parte da Rússia. Especialmente na cidade de Prudentópolis, 75% de sua população é descendente de ucranianos.
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Para amenizar essa dor, a solidariedade de muitos faz a diferença. Uma ação de acolhimento dos refugiados é um plano da organização Global Kingdom Partnership Network (GKPN), que reúne várias igrejas pelo mundo.
Em Curitiba, a Primeira Igreja Batista (PIB) de Curitiba, por meio da Associação Batista de Ação Social (ABASC), está recebendo as famílias nesse primeiro momento e fornecendo hospedagem e alimentação. A partir de então, elas seguirão para Guarapuava e Prudentópolis, onde há colônias ucranianas.
Além de uma série de ações que estamos promovendo juntamente com a comunidade ucraniana paranaense, nós, do GRUPO RIC, enaltecemos a Marcha pela Paz em solidariedade à Ucrânia, que ocorreu no último sábado, dia 19, no Centro de Curitiba. A caminhada foi organizada pela Representação Central Ucraniano-Brasileira (RCUB) com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), da Sociedade Ucraniana do Brasil e do Clube Poltava.
A mobilização foi emocionante e carregada de significados. Como bem disse Vitório Sorotiuk, presidente da RCUB, “a Ucrânia é suave como os versos da poetisa Helena Kolody e dedicada ao trabalho como os 500 mil descendentes que ajudaram a tornar o Estado do Paraná pujante e forte”.
O Paraná é um estado forte e, sem dúvidas, é fruto de muita ação de imigrantes que um dia deixaram seus países em condições como esta que ocorre agora. E nós, como um dos maiores grupos de comunicação do Estado, não poderíamos ficar fora deste movimento.
Os fatos, as notícias, as histórias, os reencontros. Você poderá acompanhar isso e muito mais com uma cobertura intensa de nossos canais de comunicação, por meio do nosso jornalismo e também por meio de nossa parceria com uma rede de apoio para potencializar todas estas ações.