Absolvido pelo TSE, Sergio Moro se consolida como força da oposição no Senado

Após ser absolvido por unanimidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sergio Moro (União Brasil-PR) se consolida como uma das grandes forças da oposição no Senado Federal. Agora sem ter o cargo ameaçado, o senador dá mostras de que ampliará sua atuação na defesa de uma pauta voltada especialmente ao combate ao crime organizado.

Logo depois de saber do resultado do julgamento que o absolveu da acusação do suposto abuso do poder econômico nas eleições de 2022, Moro concedeu uma entrevista coletiva em que reafirmou seu papel na oposição ao governo Lula. O senador também elogiou os votos dos ministros do TSE, que o absolveram de forma unânime.

“A opinião pública unânime é no sentido de que o TSE fez um julgamento técnico e imparcial. E nós pudemos ver, tanto no julgamento do TRE, quanto no julgamento do TSE, votos muito sólidos, tanto do relator no TRE, como do relator aqui no TSE, e dos demais desembargadores e ministros”, declarou.

Senador afirma que lei está ao seu lado

Moro também rebateu um dos principais argumentos da acusação que pedia o fim de seu mandato.

“Um fato por exemplo que para mim é muito sensível, é a tentativa de cassação do meu mandato alegando gastos excessivos com segurança. Um candidato ao senado, num ambiente polarizado, que enfrentou a corrupção, que enfrentou o crime organizado, e depois até inclusive foi descoberto um plano do PCC, isso no início de 2023, de praticar um atentado contra mim e minha família. E nisso o ministro Alexandre de Morais, que foi o último a votar, foi veemente, apontando o absurdo desse tipo de argumentação. O fator predominante disso tudo é evidentemente que a lei e a justiça estavam do meu lado nesse caso. Não havia fatos que justificassem a cassação”, afirma o senador, já levantando a questão da segurança pública, a principal bandeira da sua atuação parlamentar.

Endurecimento das leis contra o crime é o principal projeto de Sergio Moro

Moro também se pronunciou nas redes sociais, atacando adversários políticos que já davam sua cassação como certa. Na rede social X, antigo Twitter, Moro citou nominalmente Paulo Martins e Fernando Giacobo, líderes do PL paranaense entre aqueles que, em suas palavras, tentaram “roubar o voto de quase 2 milhões de paranaenses”.

E mesmo enquanto aguardava o resultado do julgamento que colocou o seu futuro político em xeque, o senador seguiu atuante no congresso, defendendo o aprimoramento das políticas de segurança pública. Nesse sentido ele defendeu na semana passada uma maior atenção às políticas de busca de pessoas desaparecidas.

“O Brasil precisa melhorar as políticas públicas de buscas de pessoas desaparecidas. Faremos no Senado uma série de audiências públicas para ter um diagnóstico preciso e promover melhorias”, publicou o senador em suas redes sociais.

Na mesma linha, Moro afirma que seu mandato no senado priorizará a segurança pública e o combate ao crime organizado, como destaca o seu partido em outra publicação nas redes.

“O senador Sergio Moro reforçou, em coletiva de imprensa), que seguirá o trabalho no Congresso Nacional em defesa da segurança pública, do combate ao crime organizado, de uma economia liberal e contra aumento de impostos. Pautas que fazem parte do DNA do União Brasil! Seguimos juntos, senador, para fazer do Brasil um país melhor e mais justo para todos!”, afirma o União Brasil.

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