Advogados admitem que momento político pode afetar julgamento de Sergio Moro

Os advogados João Constanski Neto, que atuou na defesa do senador Sergio Moro, e Luiz Eduardo Peccinin, responsável pela ação movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra o senador, admitiram que o resultado final do julgamento da cassação de Sergio Moro pode ser afetado e influenciado pelo momento político. As afirmações aconteceram durante um debate na Rádio JovemPan Curitiba, nesta terça-feira (21).

Luiz Eduardo Peccinin, do PT, ao ser perguntado se a política pode mudar o rumo do resultado do julgamento, o advogado diz que acredita em uma “afetação” política do tribunal, principalmente por ser um caso de grande repercussão, “há sim uma sensibilidade ao momento político mas a gente espera que não suplante a análise técnica e jurídica que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fará em torno da questão”, disse.

O advogado João Constanski Neto, da defesa, respondeu à mesma pergunta e disse que concorda com Peccinin, pois todo julgamento que envolve políticos acaba tendo consequências políticas, “por todo o contexto em si, pelo nome Sergio Moro, acaba atraindo questões políticas para o julgamento, é inevitável e acredito até mesmo que natural”, afirmou. Neto disse ainda que mesmo envolvendo a sensibilidade política, acredita que essas questões devem ser deixadas de lado, priorizando as análises técnicas.

Entenda o julgamento da cassação de Sergio Moro

O julgamento que pode cassar o mandato e analisa a inelegibilidade do senador Sergio Moro começou na última quinta-feira (16) e continua nesta terça-feira (21), a partir das 19h.

Para a sessão desta terça, está programada a apresentação dos argumentos por parte dos advogados envolvidos no processo. Na sequência, os ministros devem iniciar a votação, que pode ser suspensa caso um dos magistrados faça pedido de vista para analisar com mais tempo o processo. A decisão final é por maioria dos votos.

O julgamento realizado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi um pedido do Partido Liberal (PL) e da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B), que acusam o senador de abuso de poder econômico durante a pré-campanha das eleições de 2022.

Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui