Senti na pele o radicalismo

Minuto Riva

por Guilherme Rivaroli
Publicado em 29 ago 2022, às 08h59.

Eu frequento estádios de futebol, o Couto Pereira, em especial, já que sou coxa-branca; vou a mercados, feiras, ando nas ruas, ouço todos e converso com quem se aproxima. Eu acredito em todas as liberdades individuais, sem exceção. No último sábado, estive no Alto da Glória, acompanhando a partida entre Coritiba x Avaí, quando, no intervalo, tive uma desagradável surpresa. No fim, vencemos, ao menos!

Vamos aos fatos: estava eu na área da social, onde há uma praça de alimentação, conversando com grupo de amigos. Um senhor, até então não identificado, se aproximou e entrou no bate-papo. Até aí, ok, acreditava que estivesse no camarote daqueles parceiros coxas. Para nossa surpresa, o grupo estava enganado. De repente, sou surpreendido com aquele torcedor dizendo que eu deveria defender o atual PR.

Com o exaltar dos ânimos dele, entendi que ninguém ali o conhecia, e respondi que eu não defendo político algum, se fazem, não elogio, quando erram, cobro. Ali, fui chamado de mau caráter e acusado de duas coisas que nunca fiz: pedir para todos ficarem em casa e dizer que a vacina é obrigatória.

Bom, foi viral, choro que tive, quando ainda no Balanço Geral, relatei o caso com meus pais e defendi o “fique em casa, SE PUDER”; sobre vacinação, como sempre fiz, excetuando a obrigatoriedade em crianças no que tange o calendário vacinal, friso, diuturnamente, que eu, minha esposa e filhas tomaremos, porém, quem quiser que busque a da Covid-19, quem não, que aguente o que pode ter de consequência.

O mesmo senhor quis me culpar pela morte de 5 parentes, por ter pedido às pessoas que se vacinassem, sob a alegação de que morreram em decorrência dos efeitos colaterais do vacinar. Disse a ele que, se me trouxer provas, serei o primeiro a dar espaço. Em nosso país, nenhum caso de morte teve comprovação por aplicar o antídoto, até agora. Acredito na ciência e nos cientistas!

Nós, jornalistas e comunicadores, trabalhamos com dados e fatos, sem factóides e lucubrações, muitas vezes sendo contra nossa opinião pessoal, diferente de muitos canais e perfis em redes sociais, que falam absolutamente tudo, sem ética, moral e isonomia; me acusou, a reboque, de ser alguém que muda de opinião: fiquei feliz, pois, se as evidências me provam o contrário do que penso, mudo, oportunamente, o que acredito e, quando erro, assumo os equívocos – se assim não fôssemos, até hoje estaríamos crentes de que o Sol gira em torno da Terra.

Entendo a dor desse homem, contudo, trabalho com responsabilidade.

O discurso único não pode prevalecer, ao contrário, tem de ser combatido. Se combate o radicalista sendo radical contra o radicalismo!

Acredite na informação correta, apurada e analisada.

Seja livre e, acima de tudo, aceite a liberdade do outro, como fiz com aquele homem – ouvi, debati, compreendo, apesar do nervosismo, já que ameaçou me agredir.

Liberdade é direito que carrega consigo enorme carga de caráter fundamental, não podendo ser confundida com libertinagem.

Se me vir, por favor, me pare e vamos trocar idéias ( é o que mais me agrada ser figura pública).

Era isso!

Sorte e paz!

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