Arquitetura Corporativa: as inovações e os avanços tecnológicos
Uma boa Arquitetura Corporativa é aquela que consegue atender necessidades e interesses do negócio e dos stakeholders, no cenário de constante evolução que estamos vivendo. Acredito que o mundo nunca experienciou tantas revoluções ao mesmo tempo, estou falando das revoluções de consumo, de comportamento e de tecnologia, todas movidas pelas e para as inovações que nascem a cada dia.
Mas o que tem a ver inovação com arquitetura corporativa?
TUDO! Enquanto consumidores, estamos inovando a cada dia, estamos consumindo por experiências que antes não eram tão relevantes e com isso os negócios também precisam acompanhar essas transformações, de tal forma que tenham agilidade nas mudanças. Os canais de venda ampliaram no mundo do online e off-line, tudo conectado, muita informação (e em alguns casos com pouca formação), tudo digital, tudo rápido e com uma infinidade de dados que precisam ser transformados em informações para as tomadas de decisões estratégicas e consistentes. Os ajustes na direção dos negócios precisam acompanhar o que os consumidores estão buscando, e quando se tem uma arquitetura bem feita, fica bem mais fácil de acompanhar o mercado e prover mudanças com menores riscos.
As decisões estão sendo tomadas no cenário VUCA (Volatilidade, Incertezas, Complexidade e Ambiguidade) e mesmo que você não conheça sobre o mundo VUCA, pode acreditar que você está envolvido nele diariamente. As decisões precisam cada vez mais ser tomada muito mais em fatos e dados do que na percepção e achismo, como ocorreu por décadas e funcionou. Uma estrutura de dados bem modelada a necessidade de cada negócio, permite informações mais consistentes para as tomadas de decisões.
Os negócios não mudaram em sua essência, onde vender é uma forma de solucionar um problema de alguém através de um produto ou serviço. O negócio continua existindo porque alguém está disposto a pagar pelo que ele entrega, de acordo com o valor que cada cliente percebe no produto ou solução.
O que fazer para empresa se manter no mercado
Para a empresa se manter no mercado, continua sendo necessário o alinhamento contínuo dos pontos abaixo:
- Reconhecimento de mercado e sociedade;
- Produtividade e redução de custos e desperdícios
- Atração de consumidores, parcerias e cooperativismo;
- Experiência de valor para produtos e serviços;
- Satisfação contínua
Como funciona a Arquitetura Corporativa na prática
Também conhecido como Arquitetura Empresarial, essa prática vem ganhando cada vez mais espaço dentro das organizações e também ocupando lugar nas pautas dos assuntos estratégicos.
Toda empresa possui de alguma forma sua “arquitetura”, algumas com mais organização e clareza, outras nem tanto. Segundo a Harvard Business School Press (2006), “A arquitetura empresarial é a organização lógica dos processos de negócio e da infraestrutura de TI, refletindo a integração e padronização dos requisitos do modelo operacional da empresa“. Desta forma, podemos traduzir que a arquitetura é o entrelaçamentos dos pilares de sustentação da empresa, onde cada um deles tem sua função na estrutura.
Quais as funções dos pilares de sustentação de uma empresa
- Estrutura: Representa a divisão dos trabalhos e a forma que são coordenados, o que envolve as responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões;
- Tecnologia: Representa as ferramentas – software e hardware, que serão utilizados na integração dos demais pilares, viabilizando as mudanças necessárias para o bom funcionamento do negócio;
- Processo Representa a sequência das atividades que são realizadas dentro da organização e que adiciona valor do negócio. Precisam ser distinguidos entre processo fim ou finalístico e processos de apoio. Os processos fim são aqueles que estão relacionados diretamente com a percepção de valor do cliente final, já os processos de apoio são aqueles necessários ao negócio, mas que o cliente final não percebe valor;
- Pessoas: Representam as competências e habilidades necessárias ao negócio, bem como seu quantitativo.
Conceber uma arquitetura empresarial parece ser uma prática complexa e densa, entretanto, com entendimento de fatores cruciais da organização torna-se uma experiência “lógica” e sendo lógica, ela passa ser simples. O entendimento dos pilares principais citados acima, da complexidade e especificidade de cada negócio, proporciona um desenho mais eficiente às necessidades com agilidade e assertividade nas mudanças e processos de inovações que o mercado requer.
O profissional que executa arquitetura precisa ter conhecimento profundo e amplo da empresa. Conhecer as pessoas, os envolvidos, o relacionamento entre processos, as dificuldades das áreas, as estratégias da empresa, as falhas e gargalos que ocorrem em produtos e serviços. Para que se tenha tal abrangência, este profissional precisa ir a campo e se envolver com muitas pessoas e principalmente identificar as causas dos problemas, para então tratá-los pela raiz. A partir daí, que se começa analisar qual melhor modelo de solução, e quais as ferramentas de tecnologia se adaptam melhor a necessidade do negócio.
Imagino que deva estar se perguntando se existe algum modelo pronto para fazer uma boa arquitetura… A resposta é sim e não!
Sim, porque existe Framework para auxiliar na concepção, e não, porque precisamos considerar que os mais utilizados foram desenvolvidos por profissionais de outros países, cuja cultura é muito diferente da nossa aqui no Brasil. Minha experiência me dá segurança em dizer que cada empresa tem seu próprio desenho, pois todos os aspectos já mencionados aqui precisam ser considerados.
Como aplicar a Arquitetura da Tecnologia
Depois que entendemos as etapas acima, chegou a hora de escolher e dimensionar a tecnologia que será utilizada. Nos últimos tempos a oferta de produtos e serviços (hardware e software) crescem a cada dia, o que permite a escolha de ferramentas mais aderentes ao negócio levando em consideração os pontos abaixo:
- Negócio: Processos de negócio e suas características funcionais e operacionais, que são a base para estabelecer a estratégia das aplicações que suportam os processos;
- Informação: São os dados e seus relacionamentos com objetivo de alimentar as estratégias de negócio e otimizar as decisões;
- Sistemas: Identifica quais aplicações são necessárias para suportar o negócio e conduz o desenho, construção (ou aquisição) e integração dessas aplicações;
- Infraestrutura: Responsável pelo suporte dos elementos de operação de TI no dia-a-dia, com ferramentas, processo de monitoração e gerenciamento, conexões.
Veja quais são os desafios da Arquitetura Corporativa
O profissional responsável pela arquitetura corporativa precisa ter clareza nas estratégias que farão com o que o negócio se mantenha sustentável no mercado, precisa prover que as informações que serão base para das decisões do board e dos executivos sejam consistentes e confiáveis, que as ferramentas utilizadas estão com integrações confiáveis, que os indicadores representem a realidade do que acontece no dia a dia da organização, que as pessoas estejam alinhadas com as estratégias e que a comunicação com stakeholders ocorra sem ruídos.
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