Chatgpt, bots, casas inteligentes: quem tem medo da inteligência artificial?
A inteligência artificial está no meio de nós e não há mais o que fazer. Os dados mostram isso cada vez mais claro, como a pesquisa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, que indicam que em 2022 houve uma taxa de crescimento global de 18,2% em negócios desta área. Grandes corporações também definem que a melhoria de agilidade é uma das principais prioridades de negócios nos próximos anos. Na indústria automotiva, por exemplo, estima-se que as fábricas que utilizam Inteligência Artificial em seu funcionamento irão render US$ 160 bilhões em 2023.
As apostas em soluções inovadoras circulam entre tendências como o uso de Gêmeos Digitais, Blockchain, IoT, Inteligência Artificial e Segurança, Computação Quântica, Metaverso, Superapps, Automação Robótica de Processos (RPA), novas soluções de energia e tecnologias sustentáveis. Mas, tratando-se de tecnologia para melhorias no chão de fábrica e todo linguajar complexo que envolve a Indústria 4.0, será que o mercado brasileiro está preparado para este ano novo?
Para Diego Mariano, CEO da BirminD, empresa que realiza otimização industrial com Inteligência Artificial (WEG Group), um linguajar simplificado sobre as ferramentas a serem aplicadas nas fábricas é o grande “pulo do gato” e o diferencial para que mais empresas se preparem para modernizar a sua produção. “Se a gente não simplificar o discurso em torno do uso da Inteligência Artificial e continuar falando o chamado ‘tecniquês’, esta postura irá atrapalhar o desenvolvimento do mercado aqui no país”, explica o engenheiro de controle de automação, de 34 anos, que trabalhou como integrador de sistemas em engenharia de campo, automatizando indústrias do ramo da mineração, petroquímica e química antes de fundar a sua própria empresa e ser um dos pioneiros no uso de IA para o chão de fábrica no Brasil.
“Quando você fala ‘Hey Siri’ e diz alguma coisa para o celular, ela usa o processamento de linguagem natural que é Inteligência Artificial, mas você nem percebe. Ele utiliza redes neurais, mas nem sabe o que é isso, porque ele nem precisa saber. O que ele precisa saber é o benefício que aquilo traz para sua produção. Esse é o mesmo conceito que a gente usa para a indústria”, finaliza Diego.