Inteligência artificial: ChatGPT na comunicação é uma prática confiável?
A febre mundial, que virou o universo da comunicação de cabeça para baixo, se chama ChatGPT, a inteligência artificial capaz de escrever ensaios sobre praticamente qualquer tópico porque busca em uma ampla variedade de textos disponíveis ao público uma resposta.
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No entanto, existem limitações no ChatGPT que é importante saber antes de decidir usá-lo em um projeto de comunicação ou mesmo em substituir os serviços de uma agência de comunicação para criar conteúdos.
Para Ediney Giordani, CdO da KAKOI Comunicação, a maior limitação do ChatGPT é o fato desta tecnologia ainda não ser confiável para gerar informações precisas.
“A inteligência precisa de comando. Ela não pensa, ela só aceita a premissa que você ordenou. Se ordenar ir em frente mesmo sabendo que há um iceberg na frente, ela vai, simples assim”, explica Giordani.
Ignora os eventos atuais
O ChatGPT ignora os eventos atuais, esta limitação é um dos principais apontamentos de quem tentou criar textos com a tecnologia que não tem conhecimento de nenhum conteúdo criado após 2021.
“Se o seu conteúdo precisa estar atualizado, o ChatGPT em sua forma atual pode não ser útil e não vai substituir, de maneira alguma a criatividade de quem está escrevendo”, afirma Giordani.
ChatGPT requer instruções altamente detalhadas
O ChatGPT requer instruções detalhadas para produzir um conteúdo de maior qualidade com e com chance de ser altamente original ou de ter um ponto de vista específico. Quanto mais instruções forem dadas, mais sofisticado será o texto:
“Quanto menos instruções houver na solicitação de conteúdo, maior a probabilidade do resultado ficar semelhante com outra solicitação. Os artigos diferirão, mas estarão compartilhando a mesma estrutura, inclusive com subtópicos semelhantes, mesmo que sejam criados com palavras 100% diferentes”, conta Giordani
Todo cuidado é pouco
Recentemente uma reportagem do Portal Ig revelou um grande problema na utilização do Chat: A ferramenta fez plágio de diversos textos, dentre eles, alguns da própria publicação.
Um site chamado Substack criou um texto com o nome The Rationalist e alguns usuários notaram que o texto parecia não ter sido escrito por humanos, até que o autor, “Petra”, confirmou o uso da ferramenta. Além disso, há relatos de que a IA também orientou, errado, investidores do mercado financeiro causando altas somas em prejuízo.
“A ferramenta está muito embrionária, mas o burburinho já foi causado, Google, Bing, Edge e Chrome irão incorporar em seus sistemas, então, precisamos usar, claro, mas com muita moderação”, finaliza Giordani.