NortonLifeLock anuncia compra da Avast em transação de US$8,6 bi

Publicado em 11 ago 2021, às 16h32.
Atualizado às 16h36.

Por Paul Sandle e Krystal Hu

LONDRES/NOVA YORK (Reuters) – A companhia norte-americana de segurança digital NortonLifeLock anunciou nesta quarta-feira a compra da rival listada em Londres Avast por até 8,6 bilhões de dólares em uma transação em dinheiro e ações que criará uma líder global em software de segurança para consumidores.

As empresas, que anunciaram as negociações para fusão no mês passado, afirmaram que o grupo combinado vai unir forças complementares e criar uma companhia com mais de 500 milhões de clientes.

Vincent Pilette, presidente-executivo da NortonLifeLock, afirmou que sua empresa é forte em proteção contra roubo de identidade enquanto a Avast é forte em privacidade.

“As duas empresas têm a visão de uma plataforma comum, onde francamente nós apenas abordamos a superfície”, disse o executivo.

As ações da Avast dispararam mais de 4% em Londres depois do anúncio do acordo. Às 12h35 (horário de Brasília), os papéis exibiam alta de 3,4%.

Fundada e sediada em Praga, na República Tcheca, a Avast é pioneira no modelo de negócios “freemium”, em que recursos básicos são gratuitos e o usuário tem a opção de assinar ferramentas mais sofisticadas. A empresa tinha 435 milhões de usuários ativos no final de 2020, dos quais 16,5 milhões eram pagantes.

A NortonLifeLock, anteriormente conhecida como Symantec, foi renomeada depois que vendeu sua divisão voltada a empresas para a Broadcom em 2019, deixando a empresa focada em usuários finais. A companhia vende uma base maior de negócios “premium”, vendendo software antivírus e contra spyware, malware e outras ameaças online.

Pilette disse que as modalidades freemium e premium podem coexistir com sucesso, com a primeira tendo o papel de educar os clientes sobre o valor da segurança e criando demanda por produtos mais avançados.

A companhia combinada terá quase 5 mil funcionários, mas vai buscar reduzir este número para cerca de 4 mil nos dois anos após a conclusão da transação, disse Pilette.

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