Pesquisa mostra dependência dos usuários de smartphones
Usuários de smartphones preferem passar por situações desagradáveis ou constrangedoras a ficarem sem o dispositivo; ou mantêm o aparelho por perto mesmo em situações pouco convencionais, como no banheiro. É o que mostram estudos recentes realizado por empresas da tecnologia.
Em levantamento da Kaspersky Lab, empresa russa produtora de programas de computador de segurança da informação para a internet, mais de 20% dos entrevistados afirmaram que prefeririam ser flagrados nus em público do que não ter seus dispositivos conectados com eles. Afirmaram ainda que a perda de um smartphone ou tablet pode ser mais estressante do que outras situações traumáticas. Quase a totalidade dos brasileiros (91%) disseram que ficariam tensos se tivessem seus dispositivos perdidos ou roubados, mais que se perdessem um trem/avião (86%), sofressem um pequeno acidente de carro (85%) ou ficassem doentes (84%). O estudo mostrou ainda que os brasileiros já consideram que a conexão é um item básico: cerca de 23% diz que estar conectado é tão importante quanto ter acesso fácil a água, comida e abrigo.
Outra pesquisa, desta vez realizada pela Motorola, mostrou que 40% dos brasileiros são dependentes do smartphone. A fabricante ouviu 20 mil pessoas – que responderam cinco perguntas – para traçar o perfil usuário de cada um. Mais de 40% se enquadraram no perfil teledependente, aquele que nunca deixa de utilizar o telefone. Por outro lado, 32% se enquadraram no perfil teleconsciente, ou seja, alcançaram um estado de equilíbrio no uso do smartphone. Apenas 5,56% se enquadraram no perfil telesapien, que usa o telefone apenas para o básico, como ver a hora e fazer ligações. Existe, ainda, uma parcela pequena (1,5%) que é considerada telefanática: nunca fica sem telefone e sente-se vulnerável e estressada sem ele.