Quem vai mudar o mundo?
Neste mês, a CB Insights divulgou sua tradicional lista de apostas sobre as startups que vão causar em 2020
São 36 empresas inovadoras cujos segmentos, em geral, não são surpresa. O futurismo é uma marca na lista: criptografia quântica, chips da velocidade da luz e energia limpa. Logística e Inteligência Artificial também são destaque.
Mas chama mesmo a atenção o número de startups da área de medicina e saúde. São 18 empresas nessa área, exatamente metade da lista. Também é interessante a ausência de fintechs na relação.
A CB Insights é uma plataforma americana de inteligência e base de dados. Normalmente, seus relatórios de início de ano apontam startups que vão não apenas decolar, mas causar grandes transformações, talvez mudar o mundo, são as Game Changers.
Startups em destaque na nova lista
Na nova lista, as startups de medicina, genética e sáude têm linhas de atuação que podem ter impactos importantes em temas que afetam bastante a população e ainda estão longe de ter solução, como doenças degenerativas e autoimunes, saúde mental, vício em drogas, entre outras.
O uso da alta tecnologia, conjugado com o modelo de negócios de startups, pode acelerar o surgimento de novos tratamentos, remédios e descobertas na saúde. Estas startups são Shape Therapeutics, Locana, Korro Bio, Relay Therapeutics, ProteinQure, LabGenius, Theranica, Setpoint Medical, Cala Health, Kallyope, Pendulum, Viome, Compass, MindMed, Small Pharma, Luna PBC, Nebula Genomics e Sano.
As startups de computação (AyarLabs e LightMatter) estão prometendo chips até mil vezes mais produtivos que os usados hoje. A Luminous, por exemplo, que tem investimento de Bill Gates, quer criar um novo chip equivalente a 3 mil chips tradicionais, usando inteligência artificial.
As startups de criptografia quântica (SpeQtral, Isara e Crypto Quantique) vão investir em projetos de engenharia espacial e cybersegurança. As empresas de inteligência artificial (Kyndi, Fiddler e Darwin AI) também atuam em cybersegurança e em mecanismos de tomada de decisões nos negócios.
Na área de energia limpa, a meta é não só reduzir as emissões de CO2, mas também tirar da atmosfera as emissões passadas (Carbon Engineering), ou usar o carbono como matéria-prima de produtos inovadores (Kiverdi). Já a Opus 12 quer converter o CO2 em combustíveis.
A Commonwealth Fusion Systems, a Terrestrial Energy e a NuScale apostam no uso da energia nuclear. Na logística sustentável, a proposta passa por caminhões autônomos elétricos (Einride), mapeamento inteligente de navios (Nautilus Labs) e aeronaves mais leves (Sabrewing).