Cárcere: Bandidos alugam salão de festas e fazem churrasco durante crime no Paraná
Um caminhoneiro foi sequestrado e mantido em cárcere privado por cerca de cinco horas, em um salão de festas, em Cascavel, no Oeste do Paraná. Duas pessoas envolvidas no crime foram detidas, e o caminhoneiro foi liberto. O fato aconteceu na noite de quarta-feira (30).
Os bandidos alugaram um salão de festa na região norte da cidade para usar como cativeiro. Lá eles fizeram churrasco, tomaram cerveja, fumaram narguilé e “seguraram” o motorista.
O trabalhador aguardava para carregar a carreta, às margens da BR-369, na região do Núcleo Industrial, quando foi abordado pelo grupo que estava em um carro. Armados, eles anunciaram o assalto e colocaram o trabalhador dentro de um automóvel.
“Eles me levaram para algum bairro da cidade. Eu só ficava rezando pra não me matar, liberar eu vivo já era uma grande coisa pra mim”, contou o motorista, que não teve a identidade revelada.
Segundo o motorista de 25 anos. Em nenhum momento os homens foram violentos. “Fizeram carne, eles estavam tomando cerveja, me deram água, coca e pedaço de carne para comer.” Segundo a vítima, o grupo recebia instruções por telefone.
Prisão
De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Cascavel, por volta das 19h30, uma equipe recebeu uma ligação de uma transportadora informando que o caminhão e o caminhoneiro estavam desaparecidos. Os federais realizaram buscas e localizou o caminhão abandonado, sem o motorista e com a cabine revirada.
Na sequência, um motorista chegou próximo ao caminhão e foi abordado pelos policiais. Ele relatou que havia sido contratado por telefone para dirigir o caminhão. Um carro que se aproximava do local, ao perceber a presença policial, empreendeu fuga.
O automóvel foi abordado e o motorista foi detido. Dentro do carro os policiais localizaram a chave do motorista e descobriram onde estava o caminhoneiro. Quando os policiais se aproximavam do local, os três homens que mantinham o motorista em cárcere, conseguiram fugir. A vítima, que é moradora do Sudoeste do Paraná, foi libertada.
“Quando a polícia chegou foi uma sensação de alívio, para eles matarem a gente ou alguma coisa assim, não precisa de muita coisa. Agora é continuar trabalhando e rezar, não tem muito o que fazer”, finalizou.
Uma arma com a numeração raspada e celulares foram apreendidos. O motorista que havia sido contratado e o condutor do carro, que empreendeu fuga, foram detidos.
Os outros envolvidos no crime ainda não foram localizados.
