Polícia traça 'linha do tempo' de morte de mulher encontrada em porta-malas

por Daniela Borsuk
com informações de Daniel Santos, da RICtv
Publicado em 21 fev 2022, às 13h51. Atualizado às 17h07.

A Polícia Civil do Paraná falou nesta segunda-feira (21), em coletiva de imprensa, sobre as investigações da morte de Michelle Caroline Chinol, de 39 anos, encontrada morta no porta-malas de um carro. O veículo estava abandonado no bairro Ganchinho, em Curitiba, e foi guinchado a pedido da Guarda Municipal. No pátio de veículos, funcionários perceberam um mau cheiro vindo do automóvel e chamaram a polícia. Michelle estava morta e o corpo foi localizado em estado avançado de decomposição.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Victor Menezes, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito flagrado por câmeras de segurança ainda não foi identificado, mas a polícia já conseguiu estipular o dia e horário aproximado em que a mulher morreu. Segundo Menezes, a vítima foi vista com vida pela última vez às 21h do dia 14 de fevereiro e já estava morta às 21h50 do mesmo dia.

“A gente conseguiu traçar uma linha do tempo até o presente momento, ou seja, sabemos agora que o crime ocorreu no dia 14 de fevereiro de 2022, a última vez que a vítima foi vista com vida interagindo com outras pessoas foi às 21h na academia que ela costumava frequentar, e o veículo dela foi abandonado às 21h50 no bairro Ganchinho. Ou seja, houve muito pouco tempo para a prática deste crime considerando a distância entre esta academia até o bairro Ganchinho, que seria seria mais ou menos de uns 11 km, então temos 50 minutos considerando o deslocamento deste veículo”,

esclareceu o delegado.

As linhas de investigação investigadas são, principalmente, latrocínio e homicídio, mas a polícia não descarta a hipótese do caso se tratar de suicídio.

A apuração do horário aproximado da morte da lutadora de MMA Michelle aponta a possibilidade de que o suspeito envolvido na morte possa ter respondido mensagens no WhatsApp se passando pela vítima, quando ela já estava morta. Prints de uma conversa de um grupo entre a mulher e amigas mostram uma mensagem enviada do celular de Michelle às 22h23, quase meia hora após a morte da mulher.

Uma pessoa do círculo de amizades de Michelle, que preferiu não se identificar, contou que a lutadora enfrentava problemas financeiros, e chegou a fazer uma “vaquinha” em janeiro para arrecadar R$ 2.500. O preço da gasolina, segundo a própria vítima, estava afetando a rentabilidade do seu trabalho e, a partir daí, ela começou a emprestar dinheiro de algumas pessoas para pagar contas.

Ainda segundo a amiga, Michelle chegou a emprestar uma quantia de aproximadamente R$ 11 mil, e esse dinheiro estaria com ela na segunda-feira (14), dia em que manteve contato com a família pela última vez.

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