“Achava ter tido uma alucinação”, diz possível vítima do médico preso por abuso

por Isadora Deip
com informações do R7
Publicado em 12 jul 2022, às 17h18.

Mais uma possível vítima do médico anestesista Giovanni Quintella, preso em flagrante por estupro, prestou depoimento nesta segunda-feira (11), no Rio de Janeiro. A mulher, que foi à delegacia acompanhada da mãe e do marido, contou que “achava ter tido uma alucinação”, já que estava muito dopada no momento do parto.

O marido dela alega que foi impedido de acompanhar o parto pelo próprio anestesista e que reconheceu o médico pelas imagens que viu na televisão após a prisão do criminoso no domingo (10).

Outras possíveis vítimas também prestaram depoimento nos últimos dias. A técnica radiologista Naiane Guedes, de 30 anos, afirma que recebeu anestesia geral após o parto, procedimento que ela achou incomum.

“Achei estranho a anestesia geral. Essa é a terceira cesárea e nunca tomei nenhuma anestesia geral. Dessa vez, fiquei completamente dopada e estranhei esse comportamento”,

afirmou.

De acordo com Rafael Marques de Oliveira, de 28 anos, marido de Naiane, ele ficou durante o parto do filho, mas depois do nascimento do bebê foi retirado da sala e a mulher continuou no local, totalmente sedada.

Uma mulher de 23 anos que não teve sua identidade revelada também afirma ter sido vítima do médico. A mulher compareceu a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) na última segunda-feira (11) para fazer um boletim de ocorrência.

De acordo com o relato da jovem, ela estava grávida de gêmeos e fez uma cesárea no início de junho. A paciente disse que ao acordar estava suja de “uma coisa branca”.

“Eu só lembro de ter acordado já muitas horas depois, toda suja de uma coisa branca, que foi relatado pela minha família. Entre o pescoço e a orelha. Só fui acordar no outro dia à tarde. Acredito que sim, que eu fui uma vítima”,

contou.

Saiba como anda a investigação do médico anestesista

O anestesista Giovanni Quintella vai passar por audiência de custódia nesta terça-feira (12). A investigação apontou que o abuso aconteceu antes do nascimento da criança, sem o marido da vítima na sala de cirurgia. Toda a ação durou cerca de dez minutos.

Segundo a polícia, o obstetra que realizou o parto no qual o anestesista Giovanni aparece abusando sexualmente da paciente é aguardado nesta terça-feira para prestar depoimento.

Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

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