Acusados do assassinato da psicóloga Melissa vão a júri popular nesta segunda-feira (23), em Curitiba

Publicado em 23 ago 2021, às 08h25. Atualizado às 08h53.

Os cinco acusados de envolvimento na morte da psicóloga Melissa de Almeida Araújo, na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná, em 25 maio de 2017, vão à júri popular nesta segunda-feira (23).

O tribunal de Júri vai acontecer na sede da Seção Judiciária do Paraná (SJPR) e será presidido pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba

Dos cinco, somente um dos acusados estará presente, os demais irão prestar depoimento de forma virtual dos presídios onde estão.

Crime

Melissa de Almeida Araújo foi assassinada aos 37 anos, quando chegava em sua casa no Bairro Canadá, em Cascavel.

Ela estava dentro do automóvel juntamente com seu marido, o policial civil, e também do filho do casal, na época com 10 meses.

Os atiradores estavam dentro de um carro, que seguia a vítima. Armados com pistolas 9mm, modificadas para rajadas de 30 tiros, eles foram em direção ao veículo no momento em que ela estacionava e dispararam contra o casal. Os acusados invadiram o residencial para cometer o crime. 

O marido de Melissa, revidou e matou um dos envolvidos no crime. Melissa foi morta dentro de casa com dois tiros na face, seu esposo foi atingido por vários disparos. Várias viaturas de socorro foram acionadas para atender o policial. A criança não ficou ferida.

PCC

O crime foi praticado a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital). Melissa era psicóloga da penitenciária de Catanduvas, no Oeste do Paraná, desde 2009.

Durante o processo investigatório foi apurado que a servidora era considerada um alvo “fácil” já que não andava armada. O Crime teria sido cometido como uma forma de desestabilizar o sistema prisional das Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). 

O Primeiro Comando da Capital entendia que o regime aplicado nessas unidades era opressor e não havia regalias ilícitas para os detentos como a entrada de celulares.

Melissa foi o terceiro alvo do comando, outros dois agentes penitenciários foram mortos.

No dia 02 de setembro de 2016 Alex Belarmino Almeida Silva, agente penitenciário de Catanduvas, no Paraná, foi morto ao ser atingido por 23 tiros, também em Cascavel. Ele teve o carro interceptado pelos atirados, perto do Lago Municipal da cidade.

No dia 14 de abril de 2017, Henry Charles Gama Filho , agente penitenciário de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi assassinado em um bar da cidade.