Ataques no Sri Lanka: número de mortos no Domingo de Páscoa sobe para 290

Publicado em 22 abr 2019, às 00h00.

O número de mortos na série de atentados coordenados que ocorreram no Sri Lanka no Domingo de Páscoa (21) subiu para 290. Cerca de 500 pessoas ficaram feridas.

Os ataques, cometidos em alguns casos por homens-bomba, tiveram como alvos templos católicos e hotéis de luxo.

Série de ataques no Sri Lanka

Ao divulgar o mais recente balanço de vítimas, o porta-voz da Polícia do Sri Lanka anunciou que 24 pessoas foram detidas por suspeita de participação nos ataques. Os detidos estão sendo interrogados pela divisão de investigação criminal da Polícia, acrescentou  Ruwan Gunasekara.

A maior parte dos mortos é de cidadãos do Sri Lanka, mas há pelo menos 32 estrangeiros entre as vítimas, incluindo cidadãos da Bélgica, dos Estados Unidos, da China, do Reino Unido, da Índia e de Portugal.

(Arte: R7)

Extremistas religiosos

Nenhum grupo reivindicou a autoria das ações até o momento. Por enquanto, o governo segue divulgando informações dispersas sobre as suspeitas no caso. O ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene, disse que os autores dos ataques foram identificados como “extremistas religiosos” e pertenciam a um único grupo, sem dar mais detalhes.

O ministro da Saúde do país, Rajitha Senaratne, disse que sete das oitos explosões foram cometidas por terroristas suicidas e que todos esses homens-bomba eram cidadãos do Sri Lanka.

Ataques tiveram ajuda externa

Rajitha Senaratne, um porta-voz do governo, por sua vez, afirmou que o ataque coordenado deve ter contado com ajuda externa. “Não acreditamos que esses ataques foram executados por um grupo de pessoas restrito a este país. Esses ataques não teriam sido bem-sucedidos sem uma rede internacional”, disse.

Segundo o jornal New York Times, um alto integrante da polícia do Sri Lanka advertiu o governo, há 10 dias, sobre o risco de atentadocas contra igrejas no país. Além disso, afirmou que a minoria cristã do país estava na mira de um grupo islâmico radical chamado Thowheeth Jama’ath.

Não ficou claro, no entanto, se as autoridades tomaram alguma medida adicional de segurança. O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe disse que não foi informado sobre a ameaça. “Temos que verificar por que precauções adequadas não foram tomadas”, disse ele.

A embaixada americana cita como possíveis alvos desses ataques espaços turísticos, centros de transporte, mercados, shoppings, instalações do governo, hotéis, clubes, restaurantes, lugares de culto, parques, eventos esportivos e culturais importantes, instituições educativas e aeroportos.