Caso Eduarda Shigematsu: Justiça determina que pai vá a júri popular

Publicado em 9 ago 2020, às 13h11. Atualizado às 13h26.

Na última sexta-feira (7), a Justiça determinou que o pai de Eduarda Shigematsu, encontrada morta em Rolândia em abril de 2019, vá a júri popular. Para o juiz criminal de Rolândia Alberto Ludovico, a denúncia contra a avó Terezinha de Jesus Guinaia é improcedente neste caso, sendo determinado que ela deixe de ser julgada no processo. O pai Ricardo Seide irá responder pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Seidi ficará preso enquanto aguarda pelo julgamento, que ainda não tem data definida.

O Caso Eduarda Shigematsu

Eduarda Shigematsu, de apenas 11 anos, desapareceu em Rolândia no dia 24 de abril. Quatro dias depois, o seu corpo foi encontrado enterrado no quintal de um imóvel do pai, Ricardo Seide. A criança estava com as mãos e pés amarrados e a cabeça envolta em um saco plástico. Câmeras flagraram o pai permanecendo aproximadamente 20 minutos no local onde o corpo foi encontrado no dia do desaparecimento da criança.

Eduarda caso shigematsu
(Foto: Montagem/RIC Mais)

Seidi foi preso no mesmo dia que o corpo foi encontrado e confessou que ocultou o corpo da filha, mas negou que tenha assassinado a criança. Segundo sua versão, o desespero de encontrar a filha enforcada dentro de seu próprio quarto fez com que tomasse a decisão de ocultar o corpo.

“O pai, bastante frio, disse que no dia dos fatos estava na residência quando encontrou ela enforcada no quarto dela”, explicou, na época, o delegado Ricardo Jorge.

No dia 29 de abril, os resultados de exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) apontaram que Eduarda morreu por esganadura. Já no dia 30 de abril, a avó de Eduarda Shigematsu foi presa após prestar depoimento. Tanto Terezinha como o filho Ricardo Seidi foram acusados, pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), no dia 25 de junho, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

Eduarda shigematsu caso
(Foto: Montagem/RIC Mais)

No dia 27 de junho, a avó foi solta porque a Justiça declarou que como o inquérito da Polícia Civil já havia sido concluído, a ré não poderia atrapalhar as investigações, podendo responder em liberdade.

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