Paraná e Rússia firmam parceria para vacina contra o coronavírus

por Redação RIC.com.br
com informações da assessoria de imprensa
Publicado em 12 ago 2020, às 18h24.

O governo do Paraná assinou, nesta quarta-feira (12), um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto da Rússia. A ideia é ampliar a cooperação técnica, as transferências de tecnologia e os estudos sobre a vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Gamaleia.

O acordo deixa aberta a possibilidade de realização de testes, produção e distribuição do imunizante. O próximo passo é a formação de grupo de trabalho com integrantes do governo do Paraná e do governo russo para acompanhar a validação da vacina em território brasileiro.

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável por coordenar os estudos no Paraná, a entidade é referência nacional na produção de medicamentos. “A ideia do memorando de entendimento é ampliar a cooperação e estabelecer uma parceria. Estamos avançando nas tratativas para transferência de tecnologia”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Todos os estudos serão acompanhados pelo governo federal.

Memorando para troca de tecnologias da produção da vacina

O memorando afirma que as partes vão desenvolver atividades conjuntas e organizar negociações em prol do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus no Paraná. “Ele não gera obrigações, mas uma nova construção, um entendimento de que podemos trabalhar juntos. Vamos criar um grupo de trabalho para a formação de um protocolo que vai ser submetido às autoridades brasileiras”, afirmou Jorge Callado, diretor-presidente do Tecpar.

“Nesse momento a prioridade é a validação da vacina no Brasil. Dependemos dessa aprovação para os outros encaminhamentos”.

Callado acrescentou que o memorando é um “primeiríssimo passo” para a entrada da vacina no Brasil. “Agora podemos trabalhar os aspectos regulatórios e técnicos, mas sempre pensando na prudência, na serenidade e na transparência”, disse o diretor-presidente do Tecpar.

Segundo o diretor-presidente do Tecpar, o Paraná não está fazendo investimento financeiro neste momento. “Neste momento as tratativas foram apenas para que aconteça como parceria. É sempre bom termos mais uma alternativa. Esperamos que os resultados sejam promissores e que o Brasil tenha várias alternativas de imunização“.

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Foto: Eduardo Matysiak.

Produção local da vacina pode ser só em 2021

Agora, o Paraná deve reunir informações, continuar nos debates e chegar à uma conclusão mais precisa. “O Tecpar ainda não tem informações sobre os estágios da vacina. Existem informações de que, na Rússia, a vacina passou pelas fases 1 e 2. Precisamos dessas confirmações para irmos adiante”, alertou Jorge Callado.

A ideia é que o governo do Paraná não queime as etapas necessárias. “Não vamos fazer aceleração de tempo, pois isso tem que ser respeitado. Próximos passos após o memorando de entendimento: formatação da força-tarefa, depois iniciar as aproximações com as equipes russas para começar os trabalhos”, explicou Callado.

A produção da vacina no Brasil, conforme o diretor-presidente do Tecpar, pode acontecer no segundo semestre de 2021. “Mas isso não impede que o governo brasileiro faça importações de doses da vacina. A produção mesmo, a partir do ano que vem. A transferência de tecnologia também pauta muito essas nossas discussões”.

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Foto: Eduardo Matysiak.

Paraná também vai testar outra vacina, a chinesa Sinopharm

O Paraná também já assinou um termo de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina da Sinopharm. O acordo garante ao Paraná acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Segundo o laboratório, os processos iniciais, já encerrados, tiveram 100% de positivação e nenhuma reação adversa grave.