Em dois meses, valor do gás de cozinha tem aumento de 9,7% e do etanol de 8,5%, em Foz do Iguaçu
A Agência Nacional do Petróleo analisou, durante 60 dias, os preços do etanol em 14 postos de combustíveis de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A pesquisa concluiu que a partir de julho o álcool subiu 8,5%, podendo ser encontrado com valores que variam de R$ 4,37 até R$ 4,71.
“Eu acho que cada vez mais o nosso governo tá acabando com a população, teve essa greve que era pra ter tido e não teve, e aproveitaram para aumentar todo o combustível sem justificativa, como aconteceu com a outra”,
afirma o consumidor Jair Barros.
Na trajetória entre a refinaria até a bomba, o etanol recebe várias tributações: PIS, PASEP, COFINS, CIDE e ICMS. Estes são exemplos de impostos federais e estaduais pagos pelo proprietário do posto de combustíveis, mas o consumidor final é quem acaba pagando a maior taxa. No Brasil, o valor em impostos sobre o álcool é superior a 50% do preço do produto.
“Há dois fatores preponderantes, primeiro lugar há uma entressafra da colheita da cana-de-açúcar, onde o usineiro pode produzir açúcar ou pode produzir álcool. Quando ele produz o etanol propriamente dito ele consegue absorver no mercado nacional, valores menores, porque o dólar subiu e porque o mercado internacional absorve todo o açúcar produzido. Além disso, há uma sobrecarga tributária que gera um efeito multiplicador desse preço, pra nós termos uma ideia, numa determinada rede da cidade, o álcool custava R$ 3,19 e hoje está sendo vendido a R$ 4,75”,
explica o presidente da Paranapetro em Foz do Iguaçu Valter Venson.
Outro combustível que sofreu bastante variação no preço foi o gás de cozinha. Em apenas dois meses o preço subiu 9,7% e é vendido a uma média de R$ 112 na cidade.
“O revendedor, ele está simplesmente cobrindo os custos operacionais dele. Ele não está ganhando nada exorbitante, é um preço justo. Quanto que tá um pneu? Quanto que tá um veículo? Tudo subiu muito, o combustível também. O botijão não tem asas, eu não consigo colocar ele num drone pra chegar na casa do consumidor, ele tem que sim ser levado por um profissional, um técnico, ele tem que ser levado num veículo, e tudo isso tem um custo, e todos os custos são muito altos”,
ressalta a presidente da Sinegas Sandra Ruiz.