Empresa do ferry boat de Guaratuba tem 20 dias para realizar intervenções nas pontes e flutuantes

Publicado em 3 fev 2022, às 20h11. Atualizado às 20h15.

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) determinou, nesta quinta-feira (3), que a concessionária BR Travessias, responsável pelo ferry boat de Guaratuba, no litoral do Paraná, tem 20 dias para realizar as intervenções necessárias nas pontes e flutuantes de modo a garantir a segurança do usuário. Caso o prazo não seja obedecido a multa diária é de R$ 50 mil

A decisão é uma resposta ao pedido de “ação civil pública” movido pelo governo estadual e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). 

O juiz Jailton Juan Carlos Tontini ressaltou que a empresa iniciou as operações em abril de 2021 e, desde então, Município de Guaratuba, por duas vezes, decretou estado de calamidade pública devido aos problemas enfrentados na travessia. Além das falhas na prestação do serviço, a segurança dos usuários está risco em razão da má conservação das pontes flutuantes, uma das quais naufragou no dia 1º de fevereiro deste ano.

Problemas constantes na travessia

Nesta quinta-feira (3), usuários que precisaram realizar a travessia relataram problemas nos rebocadores e balsas, longas filas e muita demora para utilizar o serviço do ferry boat. Conforme a rádio Litorânea 91.5, que foi ao local nesta manhã, dos três ferry boats da concessionária que realiza a travessia, somente um deles, de pequeno porte, estava em funcionamento. Houveram relatos de que uma das balsas ficou à deriva, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.

Os relatos de problemas nos equipamentos e estruturas do ferry boat vêm acontecendo há algum tempo e são inúmeros. Na noite de segunda-feira (31), um flutuante da empresa afundou. Antes, no dia 10 de janeiro, uma balsa ficou à deriva por falha mecânica. No feriado do final de ano, os motoristas chegaram a esperar mais de três horas na fila para conseguir atravessar a baía.

Prefeitura de Guaratuba decretou estado de calamidade pública por conta do colapso no sistema de transporte aquaviário para a travessia da Baía de Guaratuba no dia 11 de janeiro deste ano. Nesta quarta-feira (2), no entanto, o governador Ratinho Junior (PSD) afirmou que não há perspectiva para rescisão do contrato com a empresa BR Travessias, mas disse que uma ação foi ajuizada para que as intervenções necessárias sejam feitas nos equipamentos.

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