Pessoas que trabalharam no Concurso da PM em junho ainda não receberam pagamento
Uma parte dos colaboradores que trabalharam no Concurso da Polícia Militar do Paraná realizado em 13 de junho em Curitiba, afirma não ter recebido o valor combinado pelo Estado, mesmo já tendo se passado mais de dois meses depois da aplicação das provas.
De acordo as pessoas ouvidas pelo RIC Mais, o Núcleo de Concursos da Universidade Federal havia garantido que o pagamento ocorreria no prazo de 30 a 45 dias úteis, entretanto, conforme o prazo chegava ao fim, a equipe de gestores informou que haviam muitas pendências cadastrais que impediam o pagamento do restante dos colaboradores. Entretanto, conforme o relato de alguns participantes, não consta nenhuma pendência de documento em seus cadastros que justifique o não pagamento.
“O normal dos concursos é 15 dias úteis para receber. Quando deu os 15 dias, o pessoal começou a se perguntar. Aí falaram que era 45 dias. Passou os 45 dias e o pessoal começou a se perguntar, daí eles falaram ‘ah, não, é 45 dias úteis, isso está no sistema’. Vou te dizer que eu não tinha visto antes, mas mandaram o print… tudo bem. Deu os 45 dias úteis, uma parcela recebeu, mas os outros não”,
explicou uma colaboradora que afirma ter mandado diversos e-mails que não tiveram respostas.
Outro argumento que tem sido utilizado pelos organizadores do Concurso da PM é de que devido a pandemia, foi necessário contratar mais pessoas, já que as provas foram aplicadas em mais lugares, diferente de anos anteriores. De acordo com as pessoas ouvidas, por causa disso, os organizadores alegam que precisam de mais tempo para cumprir com o pagamento.
Entretanto, segundo os relatos, mesmo questionando qual seria o novo prazo para os demais que ainda não tiveram o pagamento efetuado, o Núcleo de Concursos se mantem calado.
“Eles explicaram que por conta da pandemia eles tiveram que contratar bem mais pessoas para ajudar no concurso e por isso a demora para efetuar o pagamento, pois era quase o dobro de pessoas. Mas sabendo disso, de que seria mais, eles poderiam ter se organizado para tal feito”,
disse uma participante.
Outra situação relatada pelos colaboradores é de que não estão conseguindo manter contato com os responsáveis para cobrar essa situação.
“Há a promessa de que pode ser que o pagamento esteja no próximo lote, esse o qual não sei quando será, pois não consigo mais falar com o NC. Só da ocupado”,
reclamou outra colaboradora.
‘Trabalhar de graça’
Conforme as reclamações feitas ao RIC Mais, é possível ver que essa situação tem causado grandes frustrações entre os colaboradores. Muitos tem se perguntado se realmente vale a pena passar por uma situação dessa, apesar de ser um dinheiro muito importante para a grande maioria.
“Já tinha trabalhado em outros concursos e nunca tive tanto problema e/ou falta de resposta e apoio. Não consegui falar com ninguém nos telefones e cada hora somos jogados para falar com uma pessoa ou setor, mas que no fundo ninguém atende ou quando alguém consegue resposta, é uma única vez ou não sabe”.
O outro lado
O RIC Mais entrou em contato com o Núcleo de Concursos da Universidade Federal e a Polícia Militar do Paraná, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.