Queimadas no Parque Nacional de Ilha Grande podem ter sido causadas por ação humana, sugere ICMbio
Mais de 76 mil hectares de área preservada são ameaçadas por incêndios desde terça-feira (17) no Parque Nacional de Ilha Grande, que fica entre os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Por enquanto, a área mais afetada pelo fogo fica em Guaíra, no Oeste do Paraná.
De acordo com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), o incêndio teve início em uma ponta da área e o vento tem levado as chamas em direção ao Norte do Parque. Para o combate aos focos, a Defesa Civil e 34 brigadistas estão no local e fazem a retirada da vegetação, limpando a superfície para evitar o alastramento do fogo. A técnica conhecida como aceiro está sendo feita a 5 km do Porto Yara, rio localizado logo abaixo do principal incêndio.
Além disso, os especialistas do ICMBio, que também estão em campo, averiguam a possibilidade de deslocamento de equipes do Corpo de Bombeiros para ajudar no controle das chamas.
Para o Instituto, as causas do incêndio ainda não são concretas, mas observações preliminares indicam que o fogo foi causado por ação humana e não de forma natural. Ainda, com a maior estiagem da história já registrada no Paraná, e as fortes geadas que deixaram a vegetação seca e vulnerável, a possibilidade de incêndios é ainda maior.
Em 2017, 15 mil hectares do Parque foram destruídos por queimadas, e quatro anos depois, a vegetação preservada volta a ser ameaçada.