Matinhos (PR) lidera o ranking de número de acidentes com águas-vivas, com 5.255 casos. Foto: Venilton Kuchler/ SESA

Somente nesta temporada de verão, 11,5 mil casos já foram registrados nas praias do Estado

Desde que o verão começou, em dezembro, mais de 11 mil acidentes com águas-vivas já foram registrados nas praias do Paraná até a primeira semana de janeiro de 2017. Matinhos lidera o ranking de número de casos, com 5.255 acidentes, seguido de Pontal do Paraná (3.897) e Guaratuba (2.427). 

A maioria dos acidentes com águas-vivas ocasionam quadros leves, onde a vítima relata apenas dor em queimação no local de contato com o animal. Neste tipo de caso clássico, a assistência é feita na beira da praia, pela equipe de guarda-vidas do Corpo de Bombeiros.

“O atendimento consiste na aplicação de vinagre na região da pele que teve contato com os tentáculos da água-viva. Isso serve para aliviar a dor e barrar a ação da toxina do animal”, explica a bióloga e coordenadora da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde, Tânia Portella. Após o acidente, é possível também aplicar a própria água do mar na pele dolorida.

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Antes do início da Operação Verão, o Governo do Estado distribuiu quase mil litros de vinagre para abastecer os estoques dos municípios. Os frascos estão disponíveis nas unidades de saúde e nas bases do Corpo de Bombeiros ao longo da orla.

Vítimas de queimaduras por contato com águas-vivas que apresentarem dores pelo corpo, mal-estar ou vômito devem ficar atentas e buscar atendimento médico imediatamente. “Não se pode perder tempo”, alerta Ilda Nagafuti, diretora da 1ª Regional de Saúde.

Em cada município, temos unidades preparadas para dar este tipo suporte ao paciente”, diz. Desde o dia 22 de dezembro, pelo menos 19 pessoas tiveram que ser encaminhadas pelos Bombeiros para receber atendimento médico.