Suspeito de triplo homicídio em Umuarama é transferido

Publicado em 14 ago 2021, às 10h08.

O homem suspeito de ter matado a esposa e os sogros no último domingo (8) em Umuarama foi transferido. Jean Michel de Souza, de 39 anos, saiu da Cadeia Pública de Umuarama para a Cadeia Pública de Campo Mourão. Ambas as cidades ficam no noroeste do Paraná, distantes 100 quilômetros entre si.

A informação foi confirmada pelo Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen). Houve a necessidade de transferência porque o suspeito tem o Ensino Superior completo, tendo direito a cela especial. Jean é formado em Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos.

Relembre o caso

A família foi morta a facadas num sobrado, fica na Avenida São Paulo, na Zona II, perto do Parque do Japão. Quem os encontrou foi a empregada doméstica, que chegava para trabalhar de manhã cedo. O casal Antônio Soares dos Santos e Helena Maria Marra dos Santos estavam na cozinha, na parte inferior da residência. Jaqueline Soares, ex-mulher de Jean, estava morta em uma banheira, na parte de cima da casa.

Jean Michel de Souza foi preso em flagrante na tarde desta segunda (9), logo após prestar depoimento na 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama. Segundo os policiais, ele teria ido trabalhar normalmente no dia seguinte ao crime, mesmo sabendo dos assassinatos.

Investigações

As investigações da Polícia Civil apontam para um crime passional. Jean esteve na casa onde aconteceu o crime horas antes dos homicídios, almoçando com a família no Dia dos Pais. A investigação aponta que ele teria retornado ao local mais tarde, momento em que o crime teria acontecido.

O Instituto de Criminalística detectou sangue no carro de Jean, na maçaneta esquerda (porta do motorista), volante e câmbio. Na casa da mãe de Jean, foram encontradas manchas de sangue no tanque de lavar roupas.

Já na cena do crime, teria sido encontrada uma pegada de um chinelo marcada a sangue, que seria compatível com o chinelo do suspeito. O depoimento da mãe de Jean também teria sido importante para a prisão.

O corpo de Jaqueline irá passar por exames mais detalhados pois, segundo a polícia, havia sinais compatíveis com agressões para além dos ferimentos feitos pela faca que a matou.