Vaticano se opõe à criminalização da homossexualidade, diz cardeal

por Reuters
com supervisão de Brayan Valêncio
Publicado em 8 abr 2024, às 20h38.

O Vaticano se pronunciou nesta segunda-feira (8) em oposição à criminalização da homossexualidade. A prática acontece em diversos países com o apoio de grupos católicos.

De acordo com o cardeal Victor Manuel Fernández, chefe do escritório de doutrina do Vaticano, as leis que punem a homossexualidade são “um grande problema”. Além disso, Fernández afirmou que é “doloroso” ver alguns católicos apoiarem esses tipos de legislação.

O Vaticano se posicionou contra essas leis anteriormente

Em fevereiro de 2023, o Papa Francisco disse que as leis que criminalizam as pessoas LGBT eram “um pecado e uma injustiça”. Segundo o líder da igreja católica, Deus ama e acompanha as pessoas com atração pelo mesmo sexo. “A criminalização da homessexualidade é um problema que não pode ser ignorado”, afirmou. 

No comando de Francisco, a Igreja Católica tem se tornado mais acolhedora em relação às pessoas LGBTQIAN+. Em dezembro de 2023, o cardeal Fernández emitiu, por meio do seu escritório, emitiu um documento histórico que permite a bênção de casais do mesmo sexo. Esse caso provocou uma reação conservadora substancial.

A Igreja Católica ainda considera os atos homossexuais pecaminosos

Contudo, o posicionamento da Igreja Católica sobre o pecado da homossexualidade continua contrário. Durante os ensinos oficiais, os líderes do Vaticano dizem que esses atos são “intrinsecamente desordenados”.

Ao ser questionado sobre o termo, o cardeal Fernández disse que a linguagem pode ser alterada. “É verdade que é uma expressão muito forte e que precisa de muita explicação, talvez possamos encontrar uma mais clara”, afirma.

Além disso, o cardeal afirmou que o ponto do ensinamento católico é que os atos homossexuais não são iguais “à imensa beleza” das uniões heterossexuais. Por fim, Fernandéz também relata que a Igreja Católica “poderia encontrar palavras mais adequadas para expressar” isso.

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