Quem é Isabel Veloso, jovem de 17 anos com câncer terminal que repercutiu na web

Publicado em 10 abr 2024, às 12h36.

Isabel Veloso, de 17 anos, repercutiu nas redes sociais após compartilhar sua história, a jovem tem câncer terminal e a estimativa é de seis meses de vida.

A adolescente paranaense foi diagnosticada aos 15 anos com Linfoma de Hodking. Isabel passou por quimioterapia e transplante de medula óssea, e conseguiu se recuperar, contudo, três meses depois a doença voltou de forma mais agressiva.

Isabel passou a não responder mais aos tratamentos. A jovem compartilhou o laudo médico nas redes sociais.

“Atesto, para os devidos fins, que a paciente acima tem Linfoma de Hodking sem resposta ao tratamento quimioterápico. Paciente em cuidados paliativos exclusivos, onde iremos focar em controlar e aliviar sintomas. No momento, os maiores sintomas que a paciente tem se diz respeito à localização do tumor (mediastino – podendo gerar dispneia e arritmias) e neuropatias, gerando dores crônicas graves. Paciente em uso de altas doses de opióides em domicílio e auxílio para o manejo clínico caso houver necessidade”, diz o documento emitido em fevereiro deste ano.

Os exames indicaram um tumor de 17 centímetros que está perto do coração e do pulmão. Recentemente, a jovem contou aos seguidores que recebeu uma boa notícia ao fazer uma tomografia: a estabilização da doença.

“Fui fazer uma tomografia e estou bem feliz com o resultado, mostrou que o tumor está estabilizado no crescimento, ainda está pequeno, Graças a Deus, está dando tudo certo, quem sabe fico mais tempo por aqui. Estou muito feliz com isso. Queria agradecer a vocês por cada mensagem de carinho que recebi antes de realizar a tomografia”, disse Isabel.

Em março deste ano, a jovem disse que recebeu uma previsão de seis meses de vida. Ela compartilhou a notícia se declarando ao noivo, Lucas Borbas, com quem deve se casar no dia 22 deste mês.

“Dessa vez o câncer conseguiu. Apenas desejo que esses próximos e últimos 6 meses sejam os mais felizes e mais sinceros dos nossos corações. Meu amor, hoje eu entendo que não vim ao mundo para ser curada, mas para curar. Mas, mesmo assim, saiba que você foi a cura mais bonita da minha alma. Eu o amo, mais que tudo que possa existir nessa terra. Meu eterno marido, namorado, melhor amigo fiel e companheiro. Até que a morte nos separe. Desde sempre e para sempre. Eu te amo, Lucas Borbas”, escreveu a jovem.

Isabel Veloso e o noivo, Lucas Borbas (Foto: reprodução/redes sociais)

Isabel Veloso planejava cursas psicologia, fez vestibular e passou na prova, mas devido a doença os planos de estudar ficaram para trás. No Instagram, a jovem tem mais de 1 milhão de seguidores e compartilha como é viver com a doença.

Apesar do câncer terminal, a jovem se mostra positiva sobre a vida e a morte. Recentemente, ela concedeu entrevista ao podcast Inteligência Ltda e falou sobre os temas.

O que é Linfoma de Hodking?

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Linfoma de Hodking é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo.

O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. 

A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. 

A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.

A incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!