Acusado de matar ex-mulher grávida em Marialva é condenado a 25 anos de prisão

por Mayara Zeviani
Com supervisão de Renan Vallim
Publicado em 11 nov 2021, às 10h14. Atualizado às 10h59.

Aconteceu nesta quarta-feira (10), o julgamento de Davi Henrique Caldeira Brandt, acusado de esfaquear sua ex-mulher grávida de 4 meses na cidade de Marialva em 2019.

O júri popular, formado por seis mulheres e um homem, julgou Davi por tentativa de estupro, homicídio duplamente qualificado, motivo fútil e feminicídio, e o declarou culpado por todos os crimes.

A pena total do acusado é de 25 anos, dez meses e 15 dias de prisão. De acordo com informações do advogado da defesa, o acusado já estava sobre custódia em regime domiciliar e esse tempo será descontado de sua pena, chegando em 23 anos e 7 meses.

Davi permanecerá cumprindo sua sentença em regime domiciliar por motivos de acompanhamento médico pelo tratamento de osteomielite.

O crime

Emily da Silva tinha 19 anos e foi deixada ferida em uma plantação de soja na zona rural de Marialva. Foi resgatada ainda com vida pelos próprios irmãos do autor e encaminhada ao hospital. Internada em situação crítica, ela deu depoimento à Polícia Civil na época.

Em seu relato, que foi gravado por um policial, a jovem afirma que ela e Davi se relacionaram por quatro anos mas que estavam separados há um mês e já tinham uma filha de dois anos. O autor teria chamado Emily para uma conversa em uma praça.

Ao final da conversa, Davi teria se oferecido para levar a ex-mulher para casa. Em determinado momento, ele teria desviado do caminho e parado o carro em uma estrada rural e tentou abusar sexualmente da vítima. Ela reagiu, tentou fugir e acabou sendo esfaqueada.

Após o depoimento, Emily e o bebê não resistiram aos ferimentos e morreram. O suspeito fugiu mas dias depois se apresentou com um advogado para depoimento sobre sua versão do crime.