"Ainda vivo, embora alguns me quisessem morto", diz papa
CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francisco ironizou que algumas pessoas da Igreja torceram para que ele não sobrevivesse à sua operação de cólon recente, e repreendeu críticos conservadores por fazerem “o trabalho do diabo” minando a Igreja Católica.
Francisco fez os comentários durante uma reunião deste mês com jesuítas, uma ordem religiosa católica, da Eslováquia, que foram noticiados nesta terça-feira (21) pela revista jesuíta La Civilta Cattolica.
Indagado por um dos jesuítas sobre sua saúde, Francisco respondeu, segundo citações: “Ainda vivo. Embora algumas pessoas me quisessem morto.”
“Sei que houve reuniões entre prelados que acharam que o papa estava em um estado mais grave do que estava sendo dito”, acrescentou. “Eles estavam preparando o conclave (para eleger um novo papa). Que seja. Graças a Deus, estou bem.”
Francisco, que foi eleito pontífice em 2013, passou por uma operação de cólon no dia 4 de julho e ficou hospitalizado durante 11 dias. Desde então, ele voltou ao seu ritmo de trabalho normal.
Abordando alguns dos desafios que a Igreja enfrenta, ele visou os tradicionalistas, dizendo que “voltar atrás não é o caminho certo” e que é importante seguir em frente.
Ele criticou “uma grande estação de televisão católica”, que não identificou, mas que disse atacá-lo constantemente.
“Eu, pessoalmente, posso merecer ataques e insultos porque sou um pecador, mas a Igreja não merece isso. É o trabalho do diabo.”
Por Crispian Balmer