O tênis profissional já tem data para ser retomado. Paralisado desde março por conta da pandemia do novo coronavírus, a modalidade teve o seu retorno confirmado nesta quarta-feira para o dia 3 de agosto, quando começará para as tenistas da WTA o Torneio de Palermo, na Itália. O circuito masculino, por sua vez, voltará a ser disputado em 14 de agosto com o ATP 500 de Washington, nos Estados Unidos.
Na sequência de competições em solo norte-americano, em quadras rápidas, serão disputados o Masters 1000 de Cincinnati e o US Open, ambos na cidade de Nova York, conforme anúncio feito pela própria organização do Grand Slam na última terça-feira. O Masters 1000 de Toronto, no Canadá, foi cancelado. “Por causa da pandemia e das medidas impostas pelas entidades governamentais e pela ATP, Tennis Canada lamenta em anunciar que a Rogers Cup em Toronto só acontecerá em 2021”, disse o comunicado do evento.
O calendário da ATP ainda traz outras novidades como a confirmação da temporada de saibro logo após a disputa do US Open. Originalmente disputada em junho, a gira vai ser iniciada em setembro, quando os tenistas vão à Europa para as disputas dos Masters 1000 de Madri, na Espanha, e de Roma, na Itália, que começam respectivamente em 13 e 20 de setembro. Roland Garros, que seria em junho, virá na sequência a partir do dia 27 do mesmo mês.
Enquanto a ATP só confirmou os torneios a serem realizados até meados de outubro, a WTA já montou um planejamento de competições até 23 de novembro, encerrando a temporada de 2020. Serão realizados torneios na Europa, Estados Unidos e também na Ásia, como o WTA Finals, em Shenzhen, na China, a partir de 9 de novembro.
US OPEN – Em entrevista coletiva de imprensa por videoconferência realizada nesta quarta-feira, a organização do US Open informou que, por medidas de segurança, não terá o credenciamento de mídia. Só vão trabalhar no Grand Slam os parceiros de transmissão para que as partidas possam ser filmadas e cheguem até o público.
Em vídeo, a norte-americana Serena Williams confirma a sua presença no torneio. “Eu mal posso esperar para voltar para Nova York e jogar no US Open em 2020. Eu sinto que a USTA (Associação de Tênis dos Estados Unidos, na sigla em inglês) está fazendo um bom trabalhando garantindo que tudo possa acontecer da melhor maneira e que tudo esteja perfeito e todos possam estar a salvo. Eu certamente vou sentir falta do público, não me entenda errado”, disse.
A organização do US Open ainda confirmou que não terá a presença de juízes de linha em quadra para limitar ao máximo o número de pessoas. Com isso, o “Hawk-Eye”, sistema eletrônico utilizado pelos jogadores para pedirem desafios em jogadas duvidosas, será utilizado em todo o tempo, fazendo a marcação das jogadas.
Outro anúncio feito também é que Roland Garros, diferente do US Open, terá uma chave de qualifying, que será disputada entre os dias 21 e 25 de setembro – durante a realização do Masters 1000 de Roma. A chave principal começa no dia 27.
A nota oficial de Roland Garros ainda afirma que “outras mudanças” podem ocorrer até a realização do Grand Slam em Paris. O que abre uma brecha para a presença de público no local, caso haja uma decisão nesse sentido pelas autoridades da França.