Morador de Pinhais com 63 anos pedala até o Mato Grosso do Sul
Nesta segunda-feira (23), o pinhaense Dionísio Fulgencio da Cruz, de 63 anos, resolveu se aventurar em uma pedalada até Mato Grosso do Sul. Dionísio vai percorrer sozinho o caminho do município de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, até Ponta Grossa, depois seguirá viagem acompanhado do sobrinho, Osvaldo Fulgêncio da Cruz Filho.
O aventureiro é morador de Pinhais desde 1961 e já foi quatro vezes de bicicleta até Foz do Iguaçu. Agora, sai de Pinhais para chegar em Amambaí, no Mato Grosso do Sul. A média de pedalada é de 18 km por hora. Uma viagem, de no mínimo, 10 horas por dia. No total serão mais de 800 quilômetros e Dionísio pretende completar em cinco dias.
Percurso
Ele sai de Pinhais até Guamiranga, próximo à Ponta Grossa; no segundo dia, pretende ir de Guamiranga até Cantagalo. No terceiro dia, fará o trajeto de Cantagalo até Cascavel; no quarto dia, irá de Cascavel até Eldorado (MS); no quinto dia, de Eldorado até Amambaí (MS).
Cicloturismo
Dionísio, incentivado pelo irmão mais velho, Osvaldo, começou o cicloturismo em 1985. Sua primeira pedalada mais longas foi de Pinhais até Canoinhas, passando depois por União da Vitória, Cruz Machado, Irati e Palmeira. A viagem durou três dias.
O cicloturismo é uma forma de turismo que consiste em viajar utilizando como meio de transporte uma bicicleta. É uma maneira muito saudável, econômica e ecológica de se fazer turismo.
A respeito do preparo físico antes dessas longas viagens, Dionísio, contou que sempre faz uma atividade física em paralelo.
“Faço caminhadas longas. Há três semanas, por exemplo, fiz 37 km de caminhada na estrada da Limeira”.
comento, Dionísio.
Momentos marcantes
Em todos esses anos de cicloturismo, Dionísio já passou por muitos fatos marcantes. Em um deles, chegou a passar por um trajeto com a água até o peito. O fato aconteceu na Trilha do Telégrafo, onde demorou três horas e meia para fazer um percurso de 8 km em razão de um alagamento. Outra situação inusitada foi quando se deparou com uma onça parda na Estrada da Anhaia, pertencente a Morretes.
“Quando me deparei com a onça, ela se assustou e se embrenhou no meio da mata”.
contou o ciclista.
Ele relatou também, à Prefeitura de Pinhais, sobre sua maior dificuldade durante essas longas viagens.
“Existe o cansaço físico, mas o mais difícil é decidir sair. Depois que você decide, seu corpo te leva. Como não estamos no mesmo nível de um atleta, fazemos tudo de maneira rústica. É preciso ter muita dedicação e força de vontade para dar o primeiro passo. É preciso capacidade de superação”.
Declarou.
Um dos maiores objetivos de Dionísio, é o de melhorar a saúde e o condicionamento físico, ainda mais em tempos como esse que estamos vivendo, de pandemia. “É uma atividade que dá muito prazer. Percorrer grandes distâncias, conhecer novas pessoas, estar em meio à natureza. Conforme passa o tempo, você quer se sentir desafiado a fazer cada vez um percurso maior, a ter um condicionamento físico melhor”, finaliza.