Balsas do ferry boat emprestadas pelo DER são devolvidas por atual gestão

por Caroline Maltaca
com supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 1 out 2021, às 20h04. Atualizado às 21h26.

A empresa BR Travessias, responsável pela operação do ferry boat que liga Guaratuba a Matinhos, no litoral paranaense, devolveu nesta quinta-feira (30) as balsas que havia emprestado do Departamento de Estradas e Rodagens (DER/PR). O empréstimo foi feito em julho, após diversas denúncias relatarem a entrega de um serviço ineficiente e sem planejamento por parte da BR Travessias.

Em nota, a empresa afirmou que, com a devolução, o ferry boat não enfrentará novos problemas. Isso porque durante este período, foi providenciada uma balsa com capacidade de 100 veículos, cujas adaptações se encontram em fase final.

“Como o próprio DER/PR informou, na ocasião da requisição administrativa, em 15 de julho deste ano, a situação era emergencial, portanto: provisória”,

informou em nota.

A atual gestão também disse que uma outra balsa prevista para compor a frota já está com a documentação pronta. Denominada “Topa Tudo”, a embarcação será colocada no mar em breve para últimas certificações.

Relembre as polêmicas

Até está quinta-feira (30), as operações realizadas no ferry eram feitas pelas balsas Nhundiaquara, Piquiri, Guaraguaçu e Rainha dos Valadares – pertencentes ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER/PR). Após a decisão, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR) divulgou um parecer que colocava em risco o contrato entre o Estado com a BR Travessias.

De acordo com as informações apuradas, até agosto, a Ouvidoria-Geral já havia recebido cerca de 150 reclamações e denúncias por má prestação do serviço. Entre os principais questionamentos levantados estavam questões envolvendo metas estabelecidas pelo contrato que deveriam ser cumpridos o mais rápido possível.

Alegando que haviam atrasos de até quatro horas e ainda outros problemas técnicos nas embarcações, o TCE afirmou que as acusações deveriam ser apuradas, e caso a constatação de quebra de contrato fosse feita, medidas cabíveis seriam tomadas.

Diante dos conflitos gerados, a Prefeitura de Guaratuba chegou a decretar situação de emergência.

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