Bilionário acusado de pedofilia tira própria vida na prisão

Publicado em 10 ago 2019, às 00h00.

O bilionário acusado de pedofilia, o norte-americano Jeffrey Epstein, tirou a própria vida em uma unidade prisional de Nova York, onde aguardava seu julgamento desde o início de julho.

Bilionário acusado de pedofilia tira própria vida em prisão de Nova York

De acordo com a ABC News, o homem, de 66 anos, tirou a própria vida na madrugada deste sábado (10). Ele respondia pelos crimes de tráfico sexual envolvendo menores de idade.

Além disso, o jornal New York Post relatou que o suspeito foi levado da prisão para um hospital por volta das 7h, logo depois de sofrer uma parada cardíaca.

Segundo a reportagem, o bilionário já havia sido colocado em observação para risco de suicídio há duas semanas, já que foi encontrado quase inconsciente na cela com ferimentos no pescoço.

Quem é Jeffrey Epstein?

O empresário foi acusado de abusar de dezenas de meninas há mais de dez anos, mas conseguiu um acordo extrajudicial.
Na ocasião, o homem admitiu ter solicitado serviços de prostituição. Entretanto, negou as acusações de pedofilia.

No Twitter, a morte de Jeff Epstein se tornou o assunto mais comentado, e muitos levantaram dúvidas sobre o ocorrido.

“Como é possível que Jeffrey Epstein tenha se suicidado quando estava em custódia e sob observação para suicídio?”, questionou um homem na rede social.

“Não existe inferno onde Jeffrey Epstein irá queimar; ele roubou a justiça de suas vítimas; não celebrem a morte”, tuitou a escritora Xeni Jardin.

Jeffrey Epstein se matar não traz alívio para as suas incontáveis vítimas, que mereciam um julgamento e que todo o o mundo soubesse a verdade”, acrescentou.

O caso do bilionário sofreu uma reviravolta depois que um juiz da Flórida decidiu em fevereiro que a promotoria violou a lei ao esconder o acordo, e que suas acusações afetavam mais de 30 mulheres que o denunciaram por abusos sexuais.

Em 2008, Epstein chegou a um acordo com a Promotoria do Sul da Flórida para acabar com a investigação que poderia lhe render uma condenação à prisão perpétua, e se declarou culpado de acusações estaduais menores.

Ele foi condenado a 13 meses de prisão e chegou a um acordo para pagar indenizações às vítimas.

De acordo com o jornal “The Miami Herald”, o magnata atraiu dezenas de adolescentes, algumas de 13 anos, de famílias com problemas para cometer abusos sexuais, oferecendo dinheiro em troca de “massagens” e prometendo a algumas delas que financiaria suas carreiras universitárias.