O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, apresentou nessa sexta-feira (15/06) o Programa Bioclima Paraná durante o Workshop Internacional de Negócios e Biodiversidade, um dos eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que acontece no Rio de Janeiro.
No encontro, organizado pela Convenção da Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias e o Instituto Life, foram apresentadas diferentes iniciativas relacionadas ao uso sustentável dos recursos naturais na gestão de negócios.
Durante o painel Negócios e Biodiversidade, o secretário Jonel Iurk contextualizou a situação do Paraná em relação a conservação e preservação dos ecossistemas estaduais, destacando que as mudanças climáticas e a ação do homem tiveram reflexo direto nos recursos naturais paranaenses.
De acordo com Iurk, a partir desta constatação, o governo estadual formou um grupo de trabalho reunindo instituições públicas, setor produtivo, academia, sociedade civil, cooperativas e ONGs para elaborar um plano estratégico para conservação e recuperação da biodiversidade do Estado. “Este fórum amplo concebeu o programa Bioclima Paraná”, disse Iurk,
Segundo ele, o Bioclima Paraná é a contribuição do Estado ao Plano Estratégico Brasileiro para a Convenção da Diversidade Biológica, e à Convenção do Clima e as Metas de biodiversidade definidos na COP-10, da Organização das Nações Unidas.
Na sua apresentação, afirmou que a manutenção da biodiversidade exige um grande pacto entre setor produtivo, entre os usuários e detentores de recursos naturais. “A manutenção destas riquezas exige responsabilização de toda a sociedade”, disse ele.
LEIS – O secretário fez um detalhamento técnico do programa e disse que, ao implantar Bioclima Paraná, o Estado reconheceu o trabalho do homem do campo que detém e conserva remanescentes das matas. Iurk explicou que este aspecto foi contemplado na iniciativa paranaense com uma lei denominada Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Outra lei que dá suporte ao programa é a que institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas e tem como metas a proteção das fontes naturais de água, redução dos gastos de energia, investimento em energias alternativas, captura de carbono, educação ambiental, ampliação da coleta seletiva de lixo, entre outras.
A nova legislação determina que, em até dois anos, seja elaborado o Plano Estadual sobre Mudanças Climáticas, com as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa no Paraná. A proposta é trabalhar com duas diretrizes: mitigação e adaptação.
Segundo Roberto Cavalcanti, secretário de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente, há uma sinergia muito grande em investimentos de natureza social, econômica e educacional. Para ele, o programa Bioclima Paraná é um exemplo pois, com ações estruturadas, faz uma ponte entre governo e outros setores.