Desde 2010 o varejo brasileiro adotou uma estratégia de varejo norte-americana chamada de Black Friday. A Black Friday nada mais é que um período de dois dias que todo o varejo físico e online fazem descontos nos preços de produtos e serviços que são extremamente atraentes para os consumidores.

Até aí tudo bem e o varejo brasileiro está mais do que certo implementando a prática em nosso país, mas para não perder o costume, nossa Black Friday não sai conforme o planejado. Me colocando nos dois lados do balcão a coisa está se perdendo porque várias vezes os preços praticados no varejo físico ou no virtual maquiam os valores dos produtos. Muitas vezes aumenta-se muito os preços por dois meses e no durante o período da Black Friday voltam a praticar os valores reais dos produtos e te vendem como se fossem produtos com descontos quando isso não é verdade. “É o famoso dito popular Promoção que tudo é pelo dobro do preço”.
Outro fator interessante é que tudo vira promoção Black Friday. Desconto de dívidas com lojas e bancos, vendas no mercado imobiliário, pacotes turísticos, passagens aéreas , hotéis , ,delivery de comida, lanchonetes, casas de entretenimento adulto, deputado corrupto, membros da mais alta corte da justiça brasileira entre outros. Claro que estou brincando sobre os últimos exemplos. Ou talvez não.

Neste ano a Black Friday Brazuca 2019 aconteceu na sexta-feira, 29/11, e contou com recorde de faturamento para as lojas online. Segundo levantamento da consultoria Ebit/Nielsen, o varejo online brasileiro faturou R$ 3,2 bilhões entre quinta e sexta, aumento de 23,6% em relação à data de 2018.

Mesmo assim o jeitinho brasileiro prevaleceu e sistemas de compra online sobrecarregam como os dos gigantes do fast food, Burger King & McDonald`s que travaram uma guerra de promoções em sites, apps e TV para vender mais e acabaram não conseguindo vender seus produtos em muitos casos.

Parece empresa que começou agora e que o estagiário de TI e o setor comercial não se falam porque um acha que é mais importante que o outro. Ainda bem que não como fast food. Lojas Americanas, Magalu e Kabum puxaram as vendas online, mas também tiverem problemas. O conceituado site Reclame Aqui teve recordes de reclamações de propaganda enganosa, má fé nos preços praticados, problemas de acesso online para comprar os produtos entre outros.

Para não me ater apenas nos dados fornecidos pelas empresas e a mídia eu e a equipe do canal Descomplica Brasil
(https://www.youtube.com/channel/UCr5gtTLfOmdByNjoLv7ESlg) , fomos a campo visitando shoppings nas cidades de Porto Alegre e Rio de janeiro, para ver de perto as promoções, os preços praticados e possíveis armadilhas. Caros leitores,como dizem a coisa foi punk. Muitas vezes varejistas de empresas de sucesso nacional colocavam nas suas vitrines 50%, 60% ou até 90% de descontos e quando entrávamos nos estabelecimentos a coisa era bem diferente. Sempre o (a) vendedor (a) falavam o mesmo texto decorado, “ Desculpe senhor, mas essa peça não entrou na promoção”. Ou melhor uma peça de roupa tinha uma etiqueta com um preço colada como desconto e a etiqueta original era o mesmo preço. Essas lojas foram tão caras de pau que nem fizeram muito esforço para esconder a má fé.

Moral da história, os resultado em vendas foram um sucesso superando 2018, os índices de reclamações dispararam comparados ao ano passado e o jeitinho brasileiro está mais presente do que nunca. Ou seja, Black Fraude.

9 dez 2019, às 00h00.
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