Campanha busca aumentar em 15% doações de leite materno

Publicado em 17 maio 2019, às 00h00.

Uma campanha lançada nesta sexta-feira (17) pelo Ministério da Saúde, busca ampliar em 15% as doações de leite materno no país.

Campanha para doações de leite materno no país

Com o slogan “Doe leite materno, alimente a vida”, a campanha envolve anúncios em veículos de imprensa em maio, com o objetivo de sensibilizar gestantes e lactantes sobre a importância da doação.

De acordo com o Ministério da Saúde, o leite doado é estocado em uma rede de bancos de leite, e é usado principalmente para alimentar crianças que nascem prematuras ou com baixo peso e que não podem ser amamentados pelas próprias mães.

Além disso, o Ministério da Saúde garante que qualquer quantidade de leite pode ajudar esses bebês. Um mililitro, por exemplo, pode ser suficiente para uma refeição, dependendo do peso da criança.

Quantidade de leite coletado é insuficiente

A quantidade de leite coletado por esses bancos, no entanto, supre apenas 55% da demanda real. A campanha busca conscientizar as mães a doarem não apenas em períodos de campanha, mas o ano todo.

Segundo Henrique Mandetta, ministro da Saúde “a gente tem uma correlação direta entre aleitamento materno e redução de mortalidade infantil. No caso dos prematuros, isso ainda é mais dramático. Nós temos muitas mães que, pela prematuridade, estão na UTI e há uma ruptura desse vínculo [entre mãe e filho]. Esse bebê tem, como arma principal de prevenção, o leite materno”.

Conforme Mandetta, o Brasil é uma referência mundial na manipulação de leite materno, com uma série de países que adotam tecnologia brasileira de coleta, pasteurização e entrega do alimento.

Rede de suporte para mulheres doadoras

Segundo o coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano da Fundação Oswaldo Cruz, João Aprígio de Almeida, além de conscientizar a população é preciso criar uma rede de suporte para as mulheres que queiram doar.

“É pedir demais uma mãe que está amamentando, com um filho pequeno, que ela se desloque [até um ponto de captação de leite]. É preciso criar estruturas sociais de amparo a essa mulher para poder viabilizar essa doação. Precisamos de investimento para fazer com que nosso sistema de coleta domiciliar seja ampliado”, disse João Aprígio.

Siga o RIC Mais no Instagram, e fique por dentro de todas as novidades!