Candidatos se enfrentam em último debate na TV antes de eleições na Alemanha
BERLIM (Reuters) – Os candidatos que buscam suceder a chanceler Angela Merkel no comando da Alemanha se enfrentaram nesta quinta-feira, debatendo sobre temas como impostos, dívida pública e política externa, no último debate na TV antes das eleições no país, que segundo mostram as pesquisas de opinião a três dias do pleito, serão ainda mais apertadas do que o previsto.
A pesquisa FGW, para o canal de televisão ZDF, mostrou que a aliança CDU/CSU, cujo candidato é Armin Laschet, subiu 1 ponto percentual nas intenções de voto, e tem 23%.
Os social-democratas se agarram a uma pequena vantagem, mas que não passa disso. A pesquisa FGW coloca o partido de centro-esquerda, cujo candidato é o ministro das Finanças, Olaf Scholz, estável com 25% das intenções.
Os Verdes, que devem desempenhar algum tipo de papel no governo, cresceram 0,5 ponto percentual, para 16,5%, e os Democratas Livres (FDP), mais favoráveis ao livre mercado, apresentam estabilidade com 11% das intenções.
Merkel, que está no poder desde 2005, planeja renunciar ao comando da maior economia da Europa após as eleições de domingo, embora vá continuar como chanceler durante as negociações para a formação de uma nova coalizão.
O debate de 90 minutos viu trocas de faíscas entre os representantes máximos dos sete principais partidos do país.
Laschet prometeu não aumentar os impostos e manter regras orçamentárias rígidas, que foram relaxadas nos últimos anos para ajudar na recuperação da crise causada pela pandemia de coronavírus.
“Eu não quero aumentos de impostos, eu quero manter as regras orçamentárias”, disse Laschet, concordando amplamente com Christian Lindner, do FDP.
“Nós temos um déficit alto, estamos muito endividados na Europa, temos altas taxas de inflação”, disse Lindner, acrescentando que prefere cortar subsídios, como por exemplo para carros elétricos.
Scholz ressaltou a necessidade por investimentos, enquanto a candidata dos Verdes, Annalena Baerbock, disse que as regras fiscais podem ser aliviadas para garantir investimentos, especialmente em questões ambientais.
(Reportagem de Madeline Chambers)