Cantor Agnaldo Timóteo morre de Covid aos 84 anos

Publicado em 3 abr 2021, às 17h23.

Morreu de Covid-19 no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (03) o cantor e ex-político Agnaldo Timóteo, 84 anos. Acredita-se que o dono de uma das vozes românticas mais conhecidas do Brasil adquiriu a doença entre a primeira e a segunda dose da vacina da Covid.

Na hora do almoço, a família do cantor divulgou nota oficial falando do falecimento:

“É com imenso pesar que comunicamos o FALECIMENTO do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do COVID-19 e faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha.”

Timóteo estava internado desde o dia 17 de março no  Hospital Casa São Bernardo, na Zona Oeste do Rio, onde foi intubado no último dia 27. No total, foram 21 dias de UTI na batalha contra a Covid-19.

Trajetória

O cantor nasceu em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. No início de carreira, cantava em circos itinerantes que chegavam à cidade e, assim como muitos cantores da velha guarda, também se apresentava em programas de calouros no rádio. Adorava interpretar Cauby Peixoto.

Timóteo era torneiro mecânico e tentava conciliar o emprego com as apresentações. Até que decidiu largar tudo em 1960 e ir para o Rio de Janeiro, tentar a vida como artista. Foi quando começou a trabalhar como motorista da cantora Angela Maria, que incentivou a ajudou Timóteo a gravar seu primeiro disco, em 1961.

Mas entre o primeiro disco e o sucesso a jornada foi longa. Ele conseguiu um contrato com a Emi-Odeon depois de participar de um programa de TV. Ainda demorou para emplacar o seu primeiro hit, em 1967, Meu Grito, no álbum Obrigado Querida. A partir daí é que o sucesso vei forte. O cantor passou a participar do programa da Jovem Guarda, gravou mais de 50 discos, românticos a bregas.

Política

Mas não foi só na música que o cantor fez carreira. Em 1982, foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro. Repetiu a façanha em 1994, porém renunciou dois anos depois para assumir o posto de vereador no Rio de Janeiro. Também foi vereador de São Paulo em 2005. Ele ainda tentou ser governador do estado do Rio de Janeiro, em 1986, mas não se elegeu.