Coronavírus: dimensão da pandemia no Brasil vai ser percebida nas próximas semanas

por Redação RIC.com.br
Com informações da Agência Brasil
Publicado em 6 abr 2020, às 00h00.

O diretor do Instituto Butantan e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, disse, na sexta-feira (3), que o tamanho da epidemia do novo coronavírus no Brasil vai ser percebido nas próximas semanas. “Nas duas ou três semanas vamos conhecer exatamente o tamanho dessa epidemia”.

Segundo Dimas Covas, “estamos no começo dela e vamos saber [nessas próximas semanas] se vamos encontrar um Everest [montanha de maior altitude do mundo] ou um monte mais suave”, avaliou.

Segundo o governador de São Paulo, João Doria, abril vai ser um mês de muita tristeza para os brasileiros. “Lamentavelmente, estamos no mês mais duro, mais agudo, mais difícil da crise do coronavírus. Será um mês de notícias tristes para os brasileiros. Temos que ter consciência disso e a capacidade de reconhecer de que este será o mês mais difícil da nossa crise”.

João Doria disse que seu embasamento para o que disse é científico. Por isso, acrescentou que o importante é manter, no momento, o isolamento social. “Fiquem em casa”, ressaltou o governador de São Paulo. O Estado vizinho ao Paraná tem, até este domingo (5), 4.620 casos confirmados e 275 óbitos por covid-19.

Avanço no país

Passados 39 dias desde a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus (covid-19) no Brasil, o Ministério da Saúde informou neste domingo que o país chegou a 11.130 casos de pessoas contaminadas e 486 mortes pelo coronavírusA taxa de mortalidade está em 4,4%, ou seja, entre cada 100 pessoas contaminadas, quatro morrem.

Em apenas 24 horas, foram registrados 852 novos casos, um crescimento de 8,2%. 54 pessoas morreram. Apenas Acre e Tocantins seguem sem registros de óbitos até o momento. Recentemente, o secretário-executivo do Ministério da Saúde disse que “todo mundo vai ter contato com o vírus”.

O Ministério da Saúde tem evitado fazer projeções públicas sobre quantas pessoas já devem estar contaminadas pela covid-19, tampouco divulga cenários sobre o número de pessoas que poderão ser contaminadas ou morrerem pela doença. No entanto, pesquisas apontam um grau de subnotificações de oito, nove vezes para cada caso oficialmente divulgado.