Criado em Curitiba, site que mostra risco de contaminação da covid-19 ganha o Brasil

Publicado em 16 jun 2020, às 22h39. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h39.

Foi aqui na RIC Record TV que você viu pela primeira vez a plataforma colaborativa Juntos Contra o Covid, que foi criada por um estudante de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

De março até agora, o site, que ajuda a informar sobre os locais com maiores riscos de transmissão pelo novo coronavírus, foi muito além de Curitiba, como era no início, e tem mais de 200 mil acessos por dia.

“A gente iniciou sem muitas pretensões, para ser piloto em Curitiba e que pudéssemos entender um pouco mais da sintomatologia da população da capital”, disse Faissal Nemer Hajar, o criador do projeto.

Segundo o estudante, o projeto tomou corpo, muitas pessoas começaram a acessar o site. “A gente viu a necessidade de se estruturar melhor, engajar mais voluntários, para que pudéssemos expandir para outras cidades e hoje estamos em todo o Brasil”.

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Foto: Reprodução/Juntos Contra o Covid.

O site, que não tem fins lucrativos, funciona de forma bem simples: coleta os dados informados por cada um, para que possa montar um mapa das regiões com maiores riscos de contaminação a partir dos sintomas informados.

“Os nossos dados são totalmente criptografados, então não identificamos nenhum tipo de usuário. Todas as iniciativas de pesquisas que um dia vão usar os nossos dados não vão ter esse acesso. Somos seguramente a maior plataforma colaborativa de coleta de dados sintomatológicos da covid-19 no Brasil”, comentou o estudante.

O projeto, que começou simples, com três pessoas, hoje tem 22 voluntários. A ideia é passar a missão de atitude colaborativa para depois da pandemia, ajudando com outros casos, de outros tipos de doenças.

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Foto: Reprodução/RIC Record TV.

“Que a gente tenha um poder de geolocalização útil, que a gente possa usar a população para fazer esse rastreamento e não depender apenas de órgãos públicos que muitas vezes demoram para cumprir com seus objetivos”, defendeu Faissal.

Apesar disso, para continuar, como o projeto não tem nenhum tipo de arrecadação, o estudante depende de doações para manter o site no ar. As doações, inclusive, podem servir para levar a plataforma a mapear outros tipos de doenças. Para doar, é só acessar o site e procurar pelo espaço destinado às contribuições, que podem ser feitas por vaquinha online ou picpay.