As visitas de familiares na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), na região central do estado, serão retomadas apenas em novembro, segundo a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná.A unidade foi parcialmente destruída durante uma rebelião entre segunda-feira (13) e quarta-feira (15), além de 13 agentes penitenciários e diversos detentos, que foram feitos reféns. Ao todo, 19 presos ficaram feridos, a maioria com ferimentos leves, conforme a Polícia Militar (PM). O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) informou que seis agentes foram feridos, sem gravidade. Durante o motim, os rebelados subiram nos telhados com os reféns e quebraram vidros da penitenciária.
A rebelião terminou depois que 29 presos foram transferidos para outras unidades do interior do Paraná, que não serão divulgadas. Outros dois foram para uma penitenciária de Santa Catarina. Segundo o diretor do Departamento de Execução Penal do Estado do Paraná (Depen), Cezinando Paredes, a rebelião começou quando alguns detentos estavam indo para um canteiro de trabalho e renderam agentes e outros presos.
De acordo com a Sesp, duas fábricas, de sapato e de luvas, onde os presos trabalhavam dentro do presídio, o ambulatório e a parte odontológica ficaram destruídos. Já as galerias tiveram poucos estragos.
Para o secretário de Segurança Pública (Sesp) do Paraná, Leon Grupenmacher, a rebelião foi atípica. “A causa ainda nos é estranha. Não há superlotação. Há ressocialização. Eles têm aula e trabalham”.