Jeferson Vasquez foi preso por ligação com o PCC (Foto: Reprodução/Facebook)

Jeferson Vasquez foi candidato a deputado federal em 2018 e obteve 3.762 votos; ele é suspeito de financiar a compra de munição e armas para a facção

O diretório estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu suspender a filiação do empresário Jeferson Vasquez, candidato a deputado federal pela legenda em 2018 e que foi preso durante a Operação Hefesto. Vasquez é suspeito de financiar a compra de munição para arma de fogo para o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Candidato a deputado compra munição para facção

A operação cumpriu mandados de prisão, de busca e apreensão e bloqueio de contas bancárias de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em Minas Gerais. 

Vasquez é investigado de financiar a compra de munição para armas de fogo para a facção criminosa e é apontado pela Polícia Civil como representante da Associação dos Familiares e Amigos do Recluso (Afare), instituição social com sede em Contagem, na Grande BH, e que presta serviços de apoio a familiares de detentos. 

O presidente do PSB em Minas, René Vilela, disse que o partido optou pela suspensão da filiação de Jeferson até que a situação seja devidamente apurada. Vilela informou que Jeferson se filiou ao partido em abril do ano passado, portanto, seis meses antes das eleições após indicação do diretório municipal de Santa Luzia.

Vasquez é suspenso do partido

 

“Ele não tem uma vida partidária orgânica, não está no dia a dia do partido. Na época de sua candidatura, não havia qualquer fato que desabonasse o Jeferson. Eu tive contato com ele e parecia ser uma pessoa correta. Muita gente deu depoimento sobre o trabalho social que realiza com as famílias dos detentos.”

Jeferson foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018 pelo PSB e teve 3.762 votos. Natural de Taboão da Serra (SP), o empresário concentrou sua votação em Belo Horizonte, além de outros municípios da Grande BH, como Santa Luzia e Ribeirão das Neves. O advogado dele, William Ferreira de Souza, negou que o cliente tenha relação com o PCC.

Souza informou ainda que o empresário não é membro da Afare e que apenas prestou serviços comunitários à instituição. Contudo, em seu perfil em uma rede social, Vasquez se apresenta como presidente da associação. “Ele vai provar a inocência na Justiça. Ele é empresário bem-sucedido, tem família constituída e não precisa passar por isso. Ele não tem ligação nenhuma com o PCC.”