Diante da pandemia do novo coronavírus, apoiadores do Partido Democrata temem mais o voto presencial do que os Republicanos. É o que apontou a edição desta semana da pesquisa Axios-Ipsos Coronavirus Index. Dois em cada três Democratas veem a votação presencial como um risco grande ou moderado para sua saúde. Segundo a Axios, 64% dos democratas, 59% dos independentes e apenas 29% dos republicanos consideram o voto pessoal muito ou pouco arriscado.

Segundo nota divulgada pela Axios, isso pode representar uma “desvantagem significativa” para o candidato Democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden, e outros candidatos Democratas em novembro se o padrão se mantiver – especialmente em Estados onde persistem altas taxas de infecção por covid-19 ou onde há obstáculos significativos para votação por correspondência ou antecipada.

Ainda de acordo com a nota, isso não significa necessariamente que a parcela dos Democratas que teme o voto presencial não irá às urnas. “Muitos deles podem decidir que o risco vale a pena. Mas seus temores quase certamente aumentam as chances de que alguns não votem pessoalmente – e se esses eleitores não tiverem boas alternativas, isso pode apresentar a Biden e outros Democratas um desafio de comparecimento de que não precisam”, disse a Axios.

Conforme a pesquisa, 52% dos entrevistados classificaram o voto presencial como arriscado. Apenas 21% disseram que era “muito arriscado” – um nível de preocupação maior do que fazer compras em supermercados, mas menor do que a ideia de mandar os filhos de volta à escola ou de ir ver a família ou amigos fora de casa.

Mais mulheres do que homens consideram a votação presencial arriscada (57% contra 47%). A pesquisa apontou ainda que 65% dos hispânicos, 63% dos negros e 45% dos brancos consideram o voto em pessoa arriscado. E a idade também é importante em termos de percepção de risco: 56% dos idosos com 65 anos ou mais viam risco no voto presencial, em comparação com 46% dos entrevistados com idades entre 18 e 29 anos.

A pesquisa Axios/Ipsos foi conduzida de 31 de julho a 3 de agosto pela divisão “KnowledgePanel” da Ipsos. A pesquisa tem amostra probabilística nacionalmente representativa de 1.129 adultos da população geral com 18 anos ou mais. A margem de erro é de mais ou menos 3,0 pontos porcentuais.