EUA aumentam segurança com risco de violência em manifestação pró-Trump no Capitólio

Publicado em 16 set 2021, às 20h24. Atualizado às 20h26.

Por David Shepardson e Jan Wolfe

WASHINGTON (Reuters) – Viajantes chegando ao aeroporto mais próximo de Washington irão enfrentar procedimentos de segurança mais rígidos às vésperas de uma manifestação marcada para sábado em apoio às pessoas acusadas de participarem da violenta invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro, informou a Agência de Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês). 

“Viajantes irão notar uma presença maior de agentes da lei e cães, assim como um nível mais alto de alerta geral na abordagem da TSA fundamentada em riscos e informações de Inteligência à segurança nos transportes”, informou um porta-voz da TSA à Reuters, em referência ao Aeroporto Nacional Reagan, na Virgínia, que fica na margem oposta do Rio Potomac.

Centenas de manifestantes de extrema-direita são esperados no Distrito de Columbia para o protesto “Justiça para J6”, uma referência ao episódio do dia 6 de janeiro, no qual apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio norte-americano para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral do atual presidente Joe Biden. 

Na quinta-feira, o Departamento de Segurança Doméstica alertou sobre o potencial para a violência no ato do próximo sábado, de acordo com um comunicado compartilhado com autoridades locais e estaduais obtido pela CNN. 

Uma autoridade norte-americana que leu o alerta disse à Reuters que autoridades de Segurança Doméstica não tinham “informações específicas confiáveis” sobre planos de indivíduos ou grupos para atos de violência.

A autoridade disse que o alerta parece ter sido elaborado com base em publicações de redes sociais ao invés de informações de Inteligência reunidas por fontes infiltradas em grupos que organizam os eventos do dia 18 de setembro.

Trump manteve as acusações falsas de que sua derrota aconteceu por conta de fraude eleitoral generalizada, mesmo após sua acusação ser rejeitada por vários tribunais, autoridades eleitorais estaduais e membros de seu próprio governo.

(Reportagem de David Shepardson e Jan Wolfe)

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