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Parlamentares se inscreviam em cursos em outras cidades, não compareciam ao local da capacitação, mas recebiam as diárias
Oito dos nove vereadores da pequena Itaipulândia, na região
oeste do Paraná, foram presos nesta terça-feira (12) pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os parlamentares são acusados
de recebimento irregular de diárias da Câmara Municipal. Nem o presidente da
casa, vereador Vilso Nei Serena (PP), escapou da cadeia.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo juiz Hugo
Micheline Junior, da comarca de São Miguel do Iguaçu, também no oeste. Seis
vereadores foram presos na parte da manhã e outros dois se entregaram à Polícia
no início da tarde.
Adolfo Florencio Preis (PSB), Claudinei Vieira (PMDB), Diacir
Ferreira da Silva (PSB), Gelson Lautert (PR), Jair Jose Escher (PR), Marlei
Kaefer (PSL), Silvani Olivia Groth Mendes (PV) e o presidente Vilso Nei Serena
(PP) foram encaminhados para a sede do Gaeco de Foz do Iguaçu. O único vereador
não investigado é Roberto Piana (PT), que assumiu a presidência da casa.
Quatro servidores da Câmara de Itaipulândia também foram
detidos e liberados após prestarem depoimento. Outros dois contadores foram conduzidos
coercitivamente.
O pedido de prisão dos acusados vale por cinco dias. A
investigação do Gaeco compreende o período entre setembro de 2013 e novembro de
2015.
De acordo com os policiais, os parlamentares se inscreviam
em cursos em outras cidades, não compareciam ao local da capacitação, mas
recebiam as diárias indevidamente.
“Há casos em que os vereadores se inscreviam em cursos,
de preferência, com duração de até quatro dias, registravam a presença, mas
voltavam sem participar efetivamente da capacitação. Era uma maneira de receber
mais diárias. Além disso a preferência era por viagem para fora do Estado, que
preveem valores mais altos”, afirmou um investigador que preferiu não ser
identificado.
Segundo o Gaeco, no período compreendido na investigação, a
Câmara de Itaipulândia gastou R$ 511 mil com diárias e R$ 160 mil para
pagamento de cursos.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
