Grávida estava viva quando teve bebê retirado da barriga em Santa Catarina

por Renata Nicolli Nasrala
com informações do ND Mais
Publicado em 1 set 2020, às 14h26. Atualizado às 16h12.

Uma grávida que desapareceu em Canelinha, em Santa Catarina (SC), foi encontrada morta e sem o bebê no dia 28 de agosto.

A mulher tinha 24 anos e estava na 36º semana de gestação e desapareceu na tarde do dia 27 de agosto.

Grávida teve o bebê roubado pela amiga, que se passou pela mãe da recém-nascida

De acordo com informações da polícia, o crime foi cometido por uma amiga da vítima, de 26 anos, que tinha o objetivo de roubar a criança da grávida.

No depoimento à polícia, a suspeita confessou ter matado a amiga com a ajuda de outra pessoa. Conforme Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, delegado do caso, essas informações ainda devem ser apuradas no decorrer da investigação, pois testemunhas afirmam terem visto apenas a suspeita ao lado da vítima momentos antes do crime.

Neste sábado (29), a Polícia Civil teve acesso ao laudo do crime, que apontou que a gestante morreu por uma hemorragia causada pelo sangramento do corte profundo feito em sua barriga.

Ainda de acordo com o delegado Alexandre, a perícia constatou ela foi agredida com tijolos antes de ter seu bebê arrancado da barriga – ainda viva. Além disso, a vítima tinha lesões no rosto e sinais que apontam tentativa de defesa na região dos braços.

Suspeita do crime sonhava em ser mãe e havia perdido um filho em janeiro deste ano

O levantamento feito pela Polícia Civil de Tijucas apontou que a suspeita sonhava em ser mãe, mas havia perdido um bebê em janeiro deste ano. Após o aborto espontâneo, a mulher não revelou a perda para a família e logo começou a planejar o crime.

Ainda em depoimento, a mulher relatou à polícia que atraiu a amiga usando a história de um suposto chá de bebê surpresa, mas levou ela até uma fábrica de cerâmica desativada para efetuar o crime. Após os golpes contra a vítima, a suspeita disse que usou um estilete para cortar a barriga e tirar a bebê

Depois de efetuar o parto forçado, ela ligou para o marido dizendo que deu à luz na estrada com a ajuda de socorristas. Conforme seu depoimento, o companheiro não teve participação no crime, mas segue preso por ter se passado pelo pai da recém-nascida no hospital de Canelinha.

Recém-nascida deve ser entregue ao pais assim que sair do hospital

Durante o parto forçado, a bebê sofreu cortes de estilete no corpo e segue internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis sob a tutela do Conselho Tutelar de Canelinha.

Assim que estiver 100% recuperada, o delegado do caso informou que a bebê deve ser entregue ao pai. A alta deve acontecer ainda esta semana.

Em breve entrevista ao ND+, a cunhada da vítima afirmou que a família está “chocada com tamanha brutalidade”.