A paralisação dos servidores em radiologia (Raio-X), por tempo indeterminado, foi anunciada na manhã desta quarta-feira (25), após reunião realizada entre os trabalhadores e representantes do Sinditest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral).
Os cerca de 100 técnicos em radiologia em atividade em diferentes turnos e setores do hospital querem receber um segundo adicional de insalubridade junto com o salário. Atualmente, eles recebem um único adicional, por contato com radiação ionizante.
Segundo o diretor do Sinditest, Bernardo Pilotto, o segundo adicional deixou de ser pago à categoria em 2008, depois que o Ministério do Planejamento lançou algumas políticas impedindo o pagamento de dois benefícios. Porém, os trabalhadores recorreram à Justiça e, no ano passado, conseguiram uma decisão favorável.
“Não há porque o HC não implementar o pagamento. Via judicial isto já foi decidido. Agora, só falta uma decisão administrativa do hospital”, diz o diretor. De acordo com ele, a greve deve afetar o setor de consultas. Nos setores considerados de emergência – como UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e centros cirúrgicos – 30% dos servidores devem ser mantidos em atividade.
UFPR
Em nota, a reitoria da UFPR informa que não pretende descumprir nenhuma decisão judicial, alegando que houve uma falha processual que impede o pagamento imediato dos adicionais. “Se a Universidade Federal do Paraná não recebeu esta ordem judicial, não tem como cumpri-la. A reitoria da UFPR está fazendo todos os esforços possíveis e ao seu alcance para que a falha processual seja regularizada no mais curto espaço de tempo”, comunica.